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sexta-feira, fevereiro 24, 2017

UTENTES AGASTADOS COM DEMORA NA ASFALTAGEM DA ESTRADA

Os utentes da estrada Nampula - Nametil, Norte de Moçambique, cujas obras de asfaltagem foram prometidas diversas vezes, estão agastados devido ao estado avançado de degradação da rodovia de 72 quilómetros.
Grande parte dos utentes desta via são cidadãos que se deslocam da cidade de Nampula para a costeira de Angoche e vice-versa, totalizando 172 quilómetros.
Esta distância é percorrida em sete horas de tempo, contra duas, devido ao estado avançado de degradação da via, incluindo o troço Nampula-Nametil que os utentes entendem que já devia ter sido asfaltado a avaliar pelo número de promessas já feitas.
A nossa reportagem deslocou-se ao terminal improvisado de passageiros para Angoche, localizado no bairro de Muahivire, na cidade de Nampula, para colher sentimentos dos que frequentemente usam a rodovia.
Manuel Salimo, motorista, residente em Angoche e que regularmente usa o troço para transportar pessoas e bens, disse não perceber porque razão não se está a cumprir com a promessa de asfaltar a estrada Nampula-Nametil.
Salimo, que na circunstância tinha o carro avariado alegadamente devido ao mau estado da via, disse que o problema faz com que se gastem rios de dinheiro na manutenção de viaturas e não só.
Se até agora continuamos a circular na via é porque não temos outra alternativa para sustentarmos as nossas famílias. Esta é a primeira viagem que fiz hoje mas por causa de buracos e pequenas pontes estragadas, o meu carro avariou, afirmou.
Acrescentou que pelo menos dez pontecas estão estragadas. Para além de avaria dos carros, comprometemos a nossa própria saúde, razão pela qual sofremos constantemente de dores de coluna e cabeça. Mas não temos como, senão ariscar.
Os passageiros, por sua vez, também se colocam no lugar de vítimas porque, segundo eles, nos e que sofremos mais, uma vez que na via apenas circulam viaturas de caixa aberta, sem comodidade nenhuma.
Passamos mal, os carros que usamos são de caixa aberta. Para além do sol, trepidações e poeira, chegamos aos nossos destinos doentes. É muito constrangedor, disse Ancha Mussa, uma passageira.
Sobre o assunto, o delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE), em Nampula, Agostinho Notece, fez entender que a não execução das obras prometidas prende - se com problemas de financiamento por parte do governo sul-coreano.
Não temos nada a dizer sobre este assunto. Nós somente coordenamos aquilo que deve ser realizado ao nível da nossa província, mas o projecto é central, disse, prometendo pronunciar-se quando a vez chegar. (Mussa Albino)


Fonte: AIM – 23.02.2017

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