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sexta-feira, dezembro 02, 2016

Teodoro Waty diz não desconfiar da gestão do seu antecessor nas LAM

Um dia depois de “O País” ter noticiado a existência de documentos colocados a circular pela justiça brasileira que indicam que o antigo PCA da LAM, José Viegas, e o ex-gestor da Sasol, Mateus Zimba, receberam suborno para facilitar a compra de aeronaves da Embraer, Teodoro Waty, jurista que substituiu o engenheiro José Viegas, disse que, após assumir o posto, não notou irregularidades na gestão da empresa. “Os jornais não são um tribunal, não tenho provas de que o que se diz é verdade. Confio no meu antecessor. Enquanto estive lá, não vi indícios do que foi noticiado. O melhor é aguardar que ele se pronuncie e sejam apresentadas provas”, defendeu Waty, segundo o qual cabe à justiça esclarecer o caso.

“Da justiça moçambicana, esperamos que faça o seu papel. Acredito que intervirá, será imparcial, equidistante, justa e célere para o esclarecimento do que terá acontecido”, concluiu.
Celeridade é o que pedem outros juristas ouvidos sobre este caso. Filipe Sitoe, que falava em representação da Ordem dos Advogados, disse que as instituições devem agir, sim, mas sem ferir os direitos dos implicados. “Os órgãos do judiciário devem fazer o trabalho como lhes compete e com todo o respeito pelos direitos dos suspeitos”, terminou. 
Os deputados da Assembleia da República também reagiram ao caso. As bancadas da oposição exigem investigação e responsabilização, e dizem, também, que o país não pode perder credibilidade por acções de algumas pessoas. Já a bancada da Frelimo diz que é preciso esperar pelas investigações, porque os implicados gozam de presunção de inocência.

Fonte: O País – 02.12.2016

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