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segunda-feira, novembro 21, 2016

Muito bem Senhor Ex- PR Joaquim Chissano concordo consigo, mas:

1.      Falta clareza nas negociações de paz. Ainda bem que usa a primeira pessoal do plural – não sabemos o que queremos.
2.      Falta cultura democrática nas elites políticas. Tenho em mim que a sua visão não é parcial e usa o termo democracia no “lato sensu” ou seja sentido lato e não “stricto sensu”. Na minha opinião, se o partido no poder providenciasse aos moçambicanos as amplas liberdades que se caracterizam num regime democrático, estes [moçambicanos] rejeitariam tudo o que fosse para lhes retirar o direito
3.     É preciso que haja confiança entre as partes – é verdade, mas quando diz principalmente a Renamo, o senhor comete um grande erro porque está a anunciar uma trapa. O senhor Chissano revelou em 2012 que fintou a Dhlakama para assinar o acordo geral da paz (AGP) e as línguas falam do vosso encontro em Gaborone, capital de Botswana.
4.      Nas tais negociações entre o governo da Frelimo e o partido Renamo, nunca soubemos da posição do primeiro. Duvído que assim tenha sido aquando as negociação do AGP.
5.     A solução definitiva passa por uma discussão séria e abrangente sobre o sistema político. Pessoalmente concordo esta ideia, mas o partido onde o senhor é presidente honorário, o mesmo que está no poder e constitucionalmente com responsabilidade acrescida é o primeiro a negar-nos a discussão séria e abrangente.
6.     A falta de uma "oposição verdadeiramente construtiva" é aponta o senhor como um problema que ameaça a política em Moçambique. Aqui o senhor cometeu um erro grave e desviou-se à propaganda. Aqui o senhor deve ter deluido tudo o que foi positivo nessa palestra a menos que tenha referido a oposição nos municípios da Beira, Quelimane, Gurue e Nampula que obstruí o desenvolvimento e até ameaça a morte em plena sessão. Espero que também tenha falado dos esquadrões da morte.
7.      Por último, "As crises políticas em África são sempre pós-eleitorais", sabe o senhor que se devem aos que usando instituições do Estado, praticam fraudes. O caso de Moçambique é conhecido que a CNE, a PRM, o Conselho Constitucional, instituições do Estado são facilitadores de fraudes eleitorais.
  

Não sei se na palestra houve interpelação, mas éis o que eu haveria dito.

Eis o artigo:

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