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sexta-feira, maio 20, 2016

Moçambicanos comem atum pescado pela EMATUM sem saberem, os dois biliões de dólares dos empréstimos não entraram em Moçambique

É preciso reconhecer a capacidade do ministro da Economia e Finanças em argumentar o injustificável, questionado nesta quarta-feira(18) pela Comissão Parlamentar do Plano e Orçamento sobre “onde é que é comercializado em Moçambique o atum pescado pela EMATUM”, Adriano Maleiane disse que “o peixe está a ser exportado neste momento para a China (...) estamos a exportar para a Europa e, as vezes, sem aperceber-nos nestes restaurantes aqui nós comemos. Como andamos sempre a criticar muito então no marketing da pessoa que está a vender não põe pôr lá atum da EMATUM, as pessoas podem ver e alguns criar susceptibilidade portanto nós temos, sem saber, estado a consumir aqui dentro. Não é visível o nome mas está sendo consumido”. O governante revelou ainda aos deputados que os pouco mais de 2 biliões de dólares de dívida ilegalmente avalizada pelo Estado não entraram no sistema bancário moçambicano.


Karingana wa karingana (Era uma vez) um país que era apontado como exemplo de transição da guerra civil para a democracia, “conhecido e respeitado não só pela boa implementação, em termos de medidas de política macroeconómica favoráveis ao desenvolvimento económico e social, bem como para a atracção de investimento internacional, pelo cumprimento integral das suas obrigações com as instituições multilaterais de crédito, muito em particular as instituições de Bretton Woods, assim como pela riqueza de recursos naturais”, destacou Eneas Comiche deputado do partido Frelimo no Parlamento, porém, fazendo fé nas palavras do ministro da Economia e Finanças, a chamada “Pérola do Índico” era desconhecida do mundo até ao dia que alguns funcionários do Estado tiveram a brilhante ideia de endivida-lo. “Ninguém conhecia Moçambique até ao momento em que fizemos uma dívida no mercado internacional. Mal ou bem mas começaram a falar”, disse Adriano Maleiane diante da Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República. Ler mais (@verdade – 19.05.2016)

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