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terça-feira, maio 03, 2016

FMI aconselha países da África Sub-Saariana a conter défices orçamentais

As nações da África Sub-Saariana precisam de conter os seus défices fiscais para evitar tornar-se mais vulnerável a eventos externos, disse recentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Se os défices não forem contidos, esses países vão permanecer vulneráveis ​à crise de financiamento, se as condições de financiamento externo ficarem ainda mais difíceis", referiu a instituição com base em Washington, na sua análise sobre as Prespectiva Económica Regional.

Nessa análise, o FMI cita países como Moçambique e Gana, que têm abordado o FMI para a assistência desde o início do ano passado, como os que enfrentam os mais altos custos de empréstimos fora dos mercados de capitais internacionais.

Outros factores de risco incluem défices fiscais e em conta corrente que se acentuaram após a crise global dos preços das commodities e que levou a uma queda na receita do Governo entre os exportadores de matérias-primas da região.

"Com o ambiente externo agora muito menos favoráveis, porém, uma redefinição de política é necessária para revigorar o ritmo de crescimento", disse o FMI. "Para os países fora das uniões monetárias, a flexibilidade da taxa de câmbio, juntamente com políticas de apoio deve ser a primeira linha de defesa."

O FMI cortou a sua previsão de crescimento deste ano, para 3 por cento na região, contra os 4 por cento que tinham sido equacionados até ao mês passado. Ainda assim, continua "optimista" em relação às prespectiva de expansão de médio prazo.

"As causas subjacentes de crescimento a médio prazo", incluindo demografia favorável, continuam em vigor, disse o FMI. "O que a desaceleração actual mostra em vez disso é que a região não está imune às várias transições em progresso na economia global", concluiu.


Fonte: O País - 03.05.2016

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