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segunda-feira, maio 23, 2016

Analista político moçambicano Jaime Macuane estável e fora de perigo diz fonte familiar

O analista político e docente universitário moçambicano Jaime Macuane, ferido hoje a tiro por desconhecidos na província de Maputo, encontra-se estável e fora de perigo, informou à imprensa fonte familiar.

"Ele está estável mas uma das balas que atingiu a coxa direita ficou lá", disse Pedro Guambe, sogro de Jaime Macuana, falando à imprensa no Hospital Privado de Maputo, onde o analista foi internado.

Citando a vítima, Pedro Guambe conta que Macuane foi intercetado por uma viatura na Coop, um bairro nobre da capital moçambicana, quando se encontrava no seu carro.

Macuane, segundo o seu próprio relato citado pelo sogro, foi agredido e levado à força na viatura dos agressores para uma zona isolada de Marracuene, nos arredores da capital, onde foi baleado e abandonado até ser socorrido por populares.

De acordo com o familiar da vítima, Macuane foi atingido por quatro tiros nas duas pernas, tendo uma das balas ficado alojada no fémur, o que exigirá possivelmente uma cirurgia.

"Os criminosos disseram que foram mandados para o pôr coxo", afirmou Pedro Guambe, que descreve, ainda citando Macuane, que os agressores não estavam encapuzados e levaram os documentos e o telemóvel da vítima.

"Até onde sabemos, ele não foi ameaçado [antes do rapto]", frisou o sogro de Macuane, observando que agora cabe às autoridades capturarem os autores deste crime.

Após ser socorrido por populares, o docente de Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane foi levado para o Hospital Central de Maputo, de onde foi posteriormente transferido para o Hospital Privado.

Jaime Macuane é regularmente solicitado por órgãos de comunicação para analisar a situação política moçambicana e é também comentador residente do "Pontos de Vista", da STV, um dos programas de debate televisivo mais vistos no país.

Além de familiares e amigos, acorreram ao hospital onde o analista está internado académicos, estudantes, representantes de organizações da sociedade civil e jornalistas.

Fonte: Notícias Sapo – 23.05.2016

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