A Polícia mocambicana (PRM) revelou hoje, em Maputo, que o magistrado Marcelino Vilankulo assassinado a tiros por desconhecidos, segunda-feira da semana em curso, na Cidade da Matola, arredores da capital do país, Maputo, já vinha sendo alvo de perseguições.
Há indícios de que o malogrado já vinha sendo perseguido por criminosos, disse o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina, no habitual briefing semanal à imprensa, acrescentando que houve, no local do crime, nove disparos duma arma do tipo AK-47.
O magistrado, assassinado quando regressava a casa, na sua viatura, investigava casos de raptos em que se suspeita estar envolvido Danish Satar, sobrinho de Nini Satar, um dos condenados no caso de morte a tiro do categorizado jornalista investigativo moçambicano, Carlos Cardoso.
Estamos engajados de forma incondicional no esclarecimento deste caso criminal, afirmou Dina, adiantando que ainda é prematuro avançarmos com aquilo que pode ter sido a motivação deste assassinato.
Questionado sobre a questão atinente a segurança proporcionada aos magistrados, o porta-voz respondeu nos seguintes termos: existem regras para esta protecção, neste caso, a polícia, de forma generalizada, tem vindo a garantir a protecção de qualquer cidadão, a nível nacional.
De acordo com Dina, a corporação vai continuar a investigar, de forma detalhada, a morte do magistrado.
O facto ocorre dois anos depois de em circunstâncias similares ter sido morto um outro magistrado. Trata-se de Diniz Silica, que também tinha em mãos processos relacionados com a onda de raptos em Maputo.
Na mesma ocasião, o porta-voz informou que, na semana finda, a corporação alcançou uma operactividade na ordem de 83 por cento num total de 125 casos criminais registados.
Em termos de divisão destes casos, 85 pertencem a crimes contra propriedade, 32 contra pessoas e os outros 7 contra a ordem, segurança e tranquilidade públicas, disse Dina, adiantando que, comparativamente ao mesmo período do ano passado, houve uma redução significativa de casos de acidentes de viação na ordem de 12.
Como consequência dos 30 acidentes registados, semana finda, morreram 41 pessoas e outras 21 contraíram ferimentos graves, adiantou o porta-voz, para quem a maioria dos casos são consequência de excesso de velocidade e má travessia de peões.
Fonte: AIM – 12.04.2016
Moz tá ficar perdido, agora tudo resolve-se com armas... isso é o fim de uma nação!
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