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segunda-feira, março 21, 2016

DESVIO DE DONATIVO NO HCBEIRA: 4 SUSPEITOS DETIDOS E MATERIAL MÉDICO CONFISCADO

A Procuradoria da República em Sofala, centro de Moçambique, ordenou, sexta-feira, na cidade da Beira, a detenção de quatro funcionários do sector da saúde, suspeitos de envolvimento no desvio do equipamento médico doado em Fevereiro do ano passado pelo Rotary Club da Austrália ao Hospital Central da Beira (HCB).

O porta-voz do governo de Sofala, Élcio Canda, citado pelo “Notícias”, disse apenas que entre os detidos figuram funcionários da Direcção Provincial de Saúde e do HCB.

O Ministério Público decidiu ainda pela confiscação do equipamento em causa na clínica privada Sorridente por ter fortes indícios de ser aquele que foi desviado do HCB.

O caso do desvio do equipamento doado foi despoletado na segunda-feira da semana passada, quando o presidente do Rotary Clube da Beira, Andreyandrey Jennings, foi recebido em audiência pela governadora de Sofala, Maria Helena Taipo.

Na ocasião, Jennings afirmou que o equipamento médico doado pela sua agremiação ao HCB inclui uma mesa do bloco operatório, avaliada em 500 mil dólares norte-americanos.

Na altura, a Direcção do HCB disse à governadora de Sofala que o referido material estava a ser usado na clínica Sorridente, tendo na sequência disso sido constituída uma brigada composta por elementos da Inspecção da Saúde e da Polícia de Investigação Criminal (PIC) para fazer um trabalho para apurar a veracidade dos factos.
Na altura, o advogado da Sorridente, Gilberto Correia, exibiu documentos comprovativos constituídos por uma guia e termos de recebimento do equipamento médico, alegadamente doado pelo Rotary Clube da Beira, o que viria a ser confirmado por esta organização de caridade.

Desta vez, Correia disse ao “Notícias” terem sido observados os trâmites legais com o mandado de busca e apreensão do juiz de instrução criminal, com a colaboração da clínica. Entretanto, a fonte referiu que vai reagir aos últimos desenvolvimentos.
Depois de o caso ser despoletado e da deslocação das autoridades às instalações da clínica, foi evocada invasão patrimonial.


Fonte: Rádio Moçambique -21.03.2016

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