Quem queima as casas, já sabes, é a Renamo. Quem ataca as populações é a Renamo. Não sabemos disso?
O governador da província de Tete, Paulo Awade, nega que haja refugiados moçambicanos no Malawi, afirmando que as pessoas acomodadas no campo de Kapise são deslocados, na sua maioria malawianos que fogem da fome que assola aquele país.
O governador diz ainda que os poucos deslocados moçambicanos são familiares de homens armados da Renamo e acusa os guerrilheiros de Afonso Dhlakama de terem incendiado casas da população de Nkondezi. Awade diz também que quem ataca nas estradas e destrói propriedades são os guerrilheiros da Renamo, enquanto a população tenta construir o país. Veja a seguir a transcrição da breve entrevista com o governante da província de onde terão saído os mais de sete mil refugiados moçambicanos para Malawi.
O que está a ser feito para evitar que mais moçambicanos se refugiem no Malawi e os que estão lá regressem a casa?
Mas quem está a atravessar para o Malawi?
Os refugiados moçambicanos…
Não me fale de refugiados, porque não há nenhum refugiado. O que existe no Malawi são deslocados e, se nós prestarmos atenção, dia após dia, os números estão a subir. No Malawi há seca, como em Moçambique, e alguns malawianos fazem-se de deslocados em pontos estratégicos da nossa fronteira, portanto, nós não temos nenhum refugiado no Malawi.
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