Sousa Matola, chefe de Informação na Delegação Politica da Cidade Tete, foi linchado, hoje de madrugada (21.12.2015) no Bairro de Matundo, Unidade Alberto Vaquinha, Quarteirão 8, por indivíduos não identificados.
Este episódio acontece depois de um despacho do secretário do Bairro onde dizia que nenhuma actividade política de partido da oposição pode funcionar sem a sua autorização e termina dizendo que "não se responsabiliza pelo que vier acontecer".
A intolerância política, em Moçambique, ainda está na ordem do dia. O partido Frelimo não aceita nem permite que os demais partidos realizem suas actividades políticas de forma livre.
Tanto em Tete como em Gaza e Cabo Delgado estão fechados a outros partidos.
Não vamos recuar. Vamos lutar até vencermos o regime da Frelimo, disse Daviz Simango, presidente do MDM, que se deslocou à cidade deTete logo que recebeu a notícia para prestar homenagem ao falecido e solidarizar-se com militantes do partido.
Onde nós governamos - Beira, Nampula, Quelimane e Gurue - não exigimos que os partidos nos venham pedir autorização para fazerem actividades politicas mas nas zonas da Frelimo temos que ajoelhar junto dos Grupos Dinamizadores, secretários de bairro e administradores da Frelimo para fazermos actividades políticas.
Por exemplo, em Gaza acontecem batalhas campais contra a oposição. O mesmo se passa em Cabo Delgado onde militantes da Frelimo fazem emboscadas a caravanas da oposição. Em Lichinga, nem espaço para o candidato do MDM fazer comício conseguiu porque todos os campos estavam ocupados com OJM, OMM, VETETANOS DA LUTA DE LIBERTAÇÃO, etc. É isto que a Frelimo chama de mudança e democracia. Orgulha -se de desprezar a outros partidos. Não há dúvidas de quem põe a paz em perigo. É o partido Frelimo que divide os #moçambicanos e os divide em cores partidárias.
Fonte: Gabinete de Informação do MDM – 21.12.2015
Muito triste e primitivo. Seria tempo de si substituir secretários por representantes do estado qualificados, escolarizados que juntam os mocambicanos. Nos bairros podemos eleger os nossos representantes nos bairros. Alguns secretários ainda pensam como no tempo do socialismo. Na verdade a FRELIMO, pelo menos os seus dirigentes mais altos, não dá orientações para esses crimes, somente não os condena. Assim é gerado um clima de intimidação que até agora é favorável para a FRELIMO. Mas se esse clima tornar-se cultura e a FRELIMO sair do poder, pode vir também a ser vítima da intolerância. Um nação constrói-se de outra maneira.
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