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sexta-feira, julho 31, 2015

Que estratégia para a paz e democracia tem Nyusi?

Uma vez alguém me disse que Filipe Nyusi seria pior que Armando Guebuza. Não acreditei e nem quero acreditar já que o me convence é o que observo. Vou observando e não menos em dois pontos: PAZ e INCLUSÃO. Volto a história em que me julgo narrador. A história da paz dos anos 80, como o acordo de Nkomati, a amnistia pública, aquelas cenas de Jorge Costa, José Mascarenhas, irmãos Bombas para lá e dezenas se entregaram cá ou são recuperados.

Deixem-me entender esta cena Nyusi. Quero entendê-la para eu não confundir com as cenas dos anos 80. Os desse tempo já sabem e os que não o são que  leiam do dossier Makwakwa ou outras obras que narram esse passado.

Ainda não percebi, claro por causa da minha ignorância e sobretudo nessas questões militares. Näo percebi do porquê não foi o Comandante-em- Chefe a patentear os dois novos oficiais. Não tem sido assim?

Sou mesmo atrasado para não entender a cena? Foi uma ocasião de promoção ou momento único para promover quem quer ser promovido a general, quem pula do grupo da Renamo, etc? Se isto acontece no exército, o que podemos concluir sobre as instituições públicas civis?

Da EMOCHM sairam os estrangeiros e confiam-se os nacionais. Agora? Agora? Assim a EMOCHM não morreu para sempre? 

Estou comentando sobre a notícia da TVM abaixo:

Dois Elementos das forças residuais da Renamo decidiram, voluntariamente, integrar as Forças de Defesa e Segurança.
Manuel Lavemó foi promovido a Major nas Forças de Armadas de Defesa de Moçambique enquanto Abílio Mukuepa ostenta a patente de Adjunto Superintendente na PRM.

“Só se coça que sente comichão”. Foi com esta expressão que Abílio Mukuepa, ex-guerrilheiro da Renamo, que fez parte da EMOCHM, foi hoje integrado e promovido na Polícia. Mukuepa afirma não ter traído a Renamo uma vez que, durante a permanência naquele partido, nenhuma perspectiva da vida era delineada pela direcção da Renamo para os ex-combatentes. O Ex-combatente da Renamo decidiu solicitar a integração. Mukuepa agora é Adjunto-Superitendente da PRM.

O Comandante Geral da PRM recordou ao recem-membro as principais premissas da corporação.

À semelhança da Polícia da República de Moçambique, as Forças Armadas integraram igualmente outro ex-guerrilheiro da Renamo. Manuel Lavemó afirmou que pretende mudar de vida. E Lavemó já se sente feliz pela nova etapa sócio-profissional que atravessa.

O actual Major das FADM foi hoje patenteado pelo Chefe do Estado Maior-General. Graça Chongo fez um repto, sublinhando as responsabilidades que o esperam.

Os dois elementos faziam parte do grupo dos trinta e cinco provenientes da Renamo que compunham a extinta EMOCHM. (TVM - 31.07.2015)


Ps: Sei, sei, sei mesmo que os bons analistas, os grandes intelectuais não têm dúvidas. A partir deste episódio, vou reflectindo sobre o jogo de 2018 e 2019. Estou atento.

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