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terça-feira, maio 19, 2015

Reclusos morrem por linchamento em Monapo

Três cidadãos que que cumpriam penas no Estabelecimento Penitenciário de Itoculo, outrora Centro de Reeducação, no posto administrativo de Itoculo, no distrito de Monapo, província de Nampula, foram linchados até à morte por populares, há duas semanas, supostamente porque estavam envolvidos no assassinato de uma pessoa na sua própria residência.
Afirma-se que as vítimas introduziram-se na habitação do indivíduo que em vida respondia pelo nome de Marriro, camponês de profissão, e desferiram fortes golpes contra ele, o que o levou à morte. Testemunhas contaram que o cidadão foi agredido mortalmente pelos três supostos homicidas por ter recusado entregar o dinheiro e uma motorizada em sua posse.
Os três reclusos puseram-se em fuga quando se aperceberam de que Marriro estava morto. Eles caíram nas mãos de populares por terem pedido boleia a um indivíduo da zona onde cometeram o crime, o qual lhes encaminhou à casa do líder do povoado de Naculue, em Itoculo.
Chegados ao sítio, uma multidão dirigiu-se ao domicílio onde se encontravam, descobriram uma camisa do malogrado numa das pastas dos três reclusos e enveredaram para a agressão, por acreditarem que são assassinos.
Tomada pela fúria, a população praticou a justiça pelas próprias mãos, tendo igualmente desferido golpes contra os acusados e, em seguida, recorreu a combustível para incendiá-los, o que originou a sua perda de vida no local. Por seu turno, o director da Ordem e Segurança, Cheia Consolo, confirmou a ocorrência e disse que se trata um caso de ajuste de contas, que a sua corporação condena.
O nosso interlocutor referiu ainda que em breve as autoridades vão enviar uma equipa de investigação para Itoculo com vista a perceber o que aconteceu. Refira-se que, com a morte de Marriro, elevou-se para três o número de vítimas mortais em Itoculo, supostamente mortos pelos reclusos do Estabelecimento Penitenciário de Itoculo.
A população entende que estes actos se devem ao facto de os detidos cumprirem as suas penas de prisão em regime aberto. 


Fonte: @Verdade – 08.05.2015

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