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quarta-feira, abril 22, 2015

Sobre a fraude eleitoral em 2009 escrevi


Este comentário de que ainda é válido, postei no Diário de um sociólogo a 29.10.2009. Vejam como nada mudou.

Por Reflectindo


Sei que há os que me consideram de exigente demais, mas é porque eu acredito que nós moçambicanos realizamos com excelência tarefas muito difíceis desde que assim queiramos. Muitos sabem disso e entre as tarefas mais difíceis para um país como nós foram a troca da moeda nacional de escudo para o metical, em 1980, do primeiro recenseamento geral em 1980, dos exames finais que antes se faziam a partir da primeira-classe. Casos de fraudes para estes casos foram desencorajados.

Ora, temos os casos de fraudes eleitorais que nunca se combatem porque de factos os fraudulentos são protegidos até pelo poder jusdiciário e seus agentes que os encorajam declarando não ocorrência de risco quando se pratica o crime a favor do partido no poder. Temos o caso do Albuquerque da Beira que já vem desde 2003 sem que ninguém aja. Por outro lado, temos os casos de Changara, em Tete, Chicualacua, em Gaza, Ilha de Moçambique, onde em 2004 houve enchimento de votos e invalidação de outros, usando-se tinta indelével. Já vão cinco anos e não há justiça.

Temos ainda o caso de Antoninho Maia, Arsénio Geraldo Joaquim Nkabwebe, Amido Fernando em Nacala-Porto, os suspeitos e com provas que invalidaram votos com tinta indelével.


A fraude não pode ser investigada só quando se alega qualquer influência nos resultados, ainda neste país onde se investiga a um examinando que leve telemóvel para a sala de exames. Compatriotas:

1. Como pode ser estranho que o crime ocorra e nos mesmos sítios ou próximos se possível, como já se reporta desde ontem?

2. Como podem me falar de Estado de Direito em Moçambique, desta forma? 

3. Estes criminosos e seus defensores não se transformam em ALGOZES que já pululam por todo o lado, perseguindo a quem de facto luta para um Estado de Direito?

P.S: 1)desculpem, mas há vezes que reflicto sobre se Samora Machel tinha ou não razão quando encerrou a faculdade de direito


2) Mais uma vez a participacão nestas eleicões precisa dum estudo que possa nos dizer tudo, por distrito, província, grupo etário e gênero.

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