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segunda-feira, dezembro 08, 2014

PM ESPANHOL CONTRA REVISÃO CONSTITUCIONAL QUE AMEACE A UNIDADE

O Primeiro-ministro (PM) espanhol, Mariano Rajoy, garantiu este sábado que só admite uma revisão constitucional para algumas alterações 'muito concretas' que não coloquem em causa a unidade nacional, sublinhando que as prioridades do país são a recuperação económica e o combate à corrupção.

'Só concordaria em reformar algum aspecto ou outro muito concreto da Constituição, ou seja pequenos ajustes, e sempre e quando o Partido Socialista estiver disposto a cumprir a palavra. Estou aberto a mudanças que não afectem a unidade de Espanha, a soberania nacional, a igualdade e os direitos dos espanhóis. É nisso que acredito', afirmou Mariano Rajoy no Congresso dos Deputados, durante a cerimónia dos 36 anos da Constituição.


As declarações do Primeiro-ministro espanhol e líder do Partido Popular (PP), no poder, surgem numa altura em que ocorre um debate interno sobre a questão, na sequência da consulta popular sobre a independência da Catalunha, e quando o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) pede uma alteração ao artigo da Constituição que garante a estabilidade orçamental.

'Não se pode banalizar. Três anos depois, não faz sentido que a parte que teve a iniciativa [o PSOE] nos diga que essa reforma já não é válida. Há que saber o que se quer e cumprir os acordos. A palavra é para cumprir', acrescentou.

O líder do PSOE, Pedro Sánchez, elogiou por sua vez 'todos aqueles que se mobilizaram pela paz, o consenso e o progresso em Espanha com o pacto constitucional, defendendo contudo que é essencial reformá-la volvidas quase quatro décadas.

'A melhor forma de defender a Constituição é actualizá-la e adaptá-la ao século XXI. Estou convencido de que caminharemos para uma reforma constitucional, pelo que vou continuar a tentar convencer o Primeiro-ministro', declarou Pedro Sánchez.

Mariano Rajoy reiterou ainda que continua disposto a dialogar com o Presidente da Catalunha, Artur Mas, mas que não cederá à pretensão de questionar a unidade nacional. 'Estou sempre disponível, mas é difícil, se o que ele [Mas] quer é sair de Espanha', lamentou.

No dia 09 de Novembro passado, cerca de 80 por cento dos catalães que foram votar disseram Sim, de forma simbólica, à independência e ganharam força para voltar a exigir um referendo vinculativo, mas Madrid diz que consulta foi 'inútil'.

Fonte: AIM - 07.12.2014

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