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quinta-feira, maio 29, 2014

Não há balas, nem gás lacrimogénio” para Manuel de Araújo: Justiça para Max Love

O presidente do município de Quelimane foi ilibado pelo tribunal da acusação de agressão verbal e física, num processo aberto durante a conturbada campanha eleitoral do MDM, em Gurué, nas últimas eleições autárquicas. 


Araújo considerou o desfecho deste processo uma vitória da Democracia e do Estado de Direito em Moçambique sobre o que entende como perseguições políticas aos membros do seu partido e a si próprio. Na ocasião, apelou tambémàs autoridades judiciais para que sejam céleres no processo do homicídio do jovem Max Love.



O jovem cantor, prematuramente desaparecido, é hoje considerado “um mártir de Quelimane”. 



Love foi morto a tiro, quando festejava a vitória, em cima de um camião da caravana do MDM, ao passar frente à porta do Governador de Quelimane. Os presumíveis autores dos disparos seriam dois elementos destacados para Segurançaresidência oficial.



Seis meses decorridos sobre a data do assassinato de Max Love, Araújo publicou uma mensagem de condolências na página de Facebook do Conselho Municipal de Quelimane.



” Max Love é a referência do primeiro mártir musical da cidade Quelimane, que tombou pelo seu desenvolvimento”, afirma.



O presidente do Município “repudia veementemente este acto macabro, perpetrado por um indivíduo sanguinário, sem escrúpulos e cobarde, que não merece ostentar o título de agente da lei”.



”O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane não vergará até que o responsável por tão vil acto seja levado á barra dos tribunais e a justiça seja feita. “ assegura Araújo.




O Diário da Zambézia relembra o episódio que envolveu Araújo e que esteve prestes a culminar na sua detenção pela Polícia em plena campanha eleitoral. 



“A caravana liderada pelo Araújo (...)decidiu entrar no parque de estacionamento de viaturas situada nas imediações do mercado central local. Abraços aqui e beijinhos acolá, eis que surge confusão e um cidadão sai a gritar alegando que teria sido agredido pelo edil de Quelimane e membro do MDM”. 



Ainda segundo este jornal, “no mesmo dia, o jornalista da Rádio Moçambique(...)dizia...“A polícia da República de Moçambique em Gurué procura o edil de Quelimane para o deter...”-fim de citação”.



O diário da Zambézia relembra ainda que "a Força de Intervenção Rápida (FIR), estacionada em Cuamba, província do Niassa, já havia saído em direcção a Gurué a fim de capturar o suposto agressor, só que Araújo não foi a Cuamba e nem era a sua rota, mas sim, a Milange, tendo despistado os agentes da FIR”. 



Este caso teve vários desenvolviemntos ainda.O essencial é que, à época, parecia capaz de acabar com a disputa eleitoral por Quelimane através da prisão do candidato Araújo. Ontem, um simples arquivamento, por falta de provas, encerrou o assunto.



Parece tudo muito simples mas, na altura, uns e outros se levantaram em mútuos protestos. 



Uns acusavam a Polícia de ser utilizada com arma de destruição dos opositores politicos do partido no poder.



Outros acusavam a oposição ao partido no poder de inventar perseguições e provocar distúrbios como estratégia de vitimação para ganhar eleições.



As autárquicas no Gurué foram primeiro ganhas pela FRELIMO mas, depois da anulação destas eplo Conselho Constitucional, foi eleito Orlando Janeiro, candidato do MDM. 



Esta decisão e as subsequentes declarações de Araújo surgem em vésperas do arranque da próxima campanha eleitoral para as presidenciais e legislativas.



Fonte: Club of Mozambique - 28.05.2014

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