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terça-feira, maio 27, 2014

Escoltas de viaturas só acabam quando houver segurança no centro do país, diz Polícia

As escoltas militares de viaturas num troço da principal estrada do país só serão desactivadas quando se atingir a "estabilidade e segurança" das pessoas, disse hoje à Lusa o vice-comandante da Polícia.
"O estado precisa garantir a segurança dos transeuntes naquele troço, é o nosso dever assegurar que as pessoas viajem tranquilas", declarou Basílio Monteiro, vice-comandante da Polícia moçambicana, sobre as escoltas na N1, entre Save e Muxúnguè, na província de Sofala, no centro do país e cenário da tensão político-militar dos últimos meses opondo o exército e o principal partido de oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Basílio Monteiro falava em Chimoio, Manica, centro de Moçambique, durante a cerimónia de empossamento do novo comandante provincial da Polícia.
Há um ano, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) ativaram escoltas militares de viaturas num troço de quase 100 quilómetros, após homens armados, alegadamente ligados à Renamo terem atacado e incendiado autocarros, a que se seguiu o pior conflito entre o Governo e o partido da oposição desde o Acordo Geral de Paz, em 1992.
Os ataques no troço abrandaram após a aprovação de emendas na nova Lei Eleitoral, que tinha sido alvo de protestos da Renamo, mas timidamente ressurgiram quando o recenseamento eleitoral do seu líder, Afonso Dhlakama, foi colocado em causa em Abril passado.
Os ataques cessaram a 8 de Maio, dia em que Dhlakama finalmente se recenseou para as eleições gerais, previstas para 15 de Outubro, embora o presidente da Renamo permaneça em parte incerta na serra da Gorongosa, centro do país.
"Quando haver garantias de estabilidade e segurança no troço [as escoltas] serão desactivadas", insistiu Basílio Monteiro.
No troço, duas escolas, Matounga e Guenge (Machanga, Sofala), continuam a abrigar as FDS, que asseguram as escoltas militares de viaturas, mas cerca de 500 alunos estão impedidos de frequentar as aulas devido à ocupação das salas e à tensão militar na região.
Fonte: LUSA - 27.05.2014

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