O presidente da Renamo, maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, defende uma solução pacífica para pôr fim aos conflitos entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e os seus homens armados.
Citado pela televisão privada STV, Dhlakama disse não pretender alcançar o poder por via de armas. Ele acrescentou que o seu partido pretende encontrar soluções políticas para a construção de um estado sólido e exemplar no continente africano.
Há países que não fazem guerras, mas fazem golpes, como acontece na Guiné-Bissau, há, por exemplo, o caso do Mugabe e Tsvangirai, que está pendente. Não se resolve quase nada. Gostaria que eu e os meus irmãos da Frelimo pudéssemos dar um exemplo. Um exemplo para o continente africano. As pessoas não podem só falar de Mandela que deu um exemplo de um estadista africano. Tem que aparecer mais Mandelas, afirmou Dhlakama.
Durante o contacto com a imprensa, o líder da Renamo mostrou-se satisfeito com o rumo das negociações que decorrem no Centro de Conferências Joaquim Chissano (CCJC), razão pela qual diz ter ordenado aos seus homens a parar com os ataques.
Se houver algum problema vamos informar ao povo que voltaremos a carga. Agora não há nada. Tudo está parado, referiu o líder da perdiz, que não quis revelar a sua residência, garantindo, porém, que continuará nas matas nos próximos dias.
Questionado se vai ser o candidato da Renamo às eleições presidenciais, Dhlakama disse não saber, pois tudo depende dos quadros da Renamo.
Vai haver um conselho para legitimarmos a candidatura, porque temos, dentro dos nossos estatutos, alguns artigos que obrigam que por mais que seja presidente é preciso que seja legitimado pelos órgãos de partido, afirmou.
Ele acrescentou que espero que isso aconteça, mas quem sabe, o partido possa pedir novo sangue, para dizer os jovens apresentando-se como novo candidato.
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