O partido Frelimo não vê problemas no facto de a filha do presidente da República, Armando Guebuza, estar envolvida na empresa que vai operarionalizar o processo de digitalização da tv e da rádio com um investimento de quase 30 milhões de euros.
A Frelimo diz que ser filho de um membro do partido é natural, tal como qualquer pessoa é filho de dois seres. “A filha do Presidente da República é ou não é moçambicana? O facto de ela ser filha do Presidente e membro da Frelimo não significa que perde os seus direitos como moçambicana. Pensamos que é uma polémica desnecessária”.
Entretanto, o porta-voz da Frelimo, Damião José, equivocou-se ao afirmar que houve concurso público para a selecção da empresa, quando, no fundo, não chegou a haver.
No entanto, o governo moçambicano não vai avalizar o projecto de migração analógica para o digital, avaliado em 300 milhões de dólares norte-americanos, porque previu que o negócio é viável e sustentável sem a mão do Estado.
Havia indicações de que o Governo entrou na operação para facilitar o financiamento, mas uma fonte de relevo, dentro do Ministério das Finanças, desmente e diz que o projecto tem pernas para fazer o seu caminho sem a ajuda do Estado.
Fonte: O País online - 03.04.2014
Guebuza e as suas mordomias
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