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quarta-feira, março 26, 2014

Presidências abertas e inclusivas, seus custos e moralidade

Por Júlio Elvino Marcos Machava

Moçambique é um país pobre, 55% da sua população ainda vive com menos de 1 dólar por dia. Cerca de 35% do OGE é suportado pelos doadores externos. De entre outras, uma das manifestações da pobreza são as altas taxas de mortes materno-infantil. A mortalidade materna está actualmente situada a 390/100.000 nados vivos, comparativamente a outros países africanos da CPLP, (Cabo verde e São tome tem uma taxa de 70/100.000) estamos muito longe de os iguais.
Estas estatísticas são apenas números até o dia em que perdermos alguém próximo, uma amiga, irmã, mãe, companheira dos grupos juvenis na minha paróquia. Alguém que morre ainda na flor da idade, apenas no seu segundo parto, deixando para trás 2 crianças, a recém-nascida e uma de cerca de 5/6 anos.
Esta situação, constrange-nos sobre maneira quando acontece em plena cidade de Maputo, onde esperamos que se tenha os melhores e mais qualificados profissionais, a tecnologia mais avançada, imaginemos o que vêm acontecendo em Matutuíne, Chifunde ou Nipepe? Uma das condições para a redução das mortes maternas é a existência de recursos, sejam matérias, humanos e financeiros. O sector de saúde em moçambique é dos que mais depende de fundos externos, em cerca de 69% das suas despesas. Ler mais

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