A máxima pregada até à náusea e segundo a qual é necessário ser “primeiro no sacrifício e último no benefício” não passa, na verdade, de uma piada de muito mau gosto. Aliás, não passa de um autêntico insulto à pobreza de todos nós. Os Dirigentes Superiores do Estado vivem num mundo à parte, com excessos de regalias e casas arrendadas por cerca de 30 mil dólares. Isso tudo na era da austeridade e de salários de fome para professores, enfermeiros, polícias e médicos. Uma vergonha maiúscula para um país sem meios de transporte dignos, com salas de aulas a caírem aos pedaços e postos de saúde sem fármacos essenciais.
As filas enormes nas farmácias dos hospitais e postos de saúde contrastam com a qualidade de assistência médica dedicada aos altos Dirigentes do Estado. Uma criança que se dobra, no seu próprio tronco, para usar os joelhos como suporte para os cadernos não é suficiente para reprimir a apetência destes senhores por essa vida faustosa custeada pelos bolsos de todos nós? Onde é que esconderam a vergonha e com que cara levantam a voz para gritar que deram a juventude pela liberdade? De que liberdade falam quando vivem folgadamente dos nossos impostos? A liberdade de escolhermos outro destino ou da que julga que nos devemos deixar escravizar para que tenham vidas tão pomposas?
Isso não é normal, sobretudo quando descobrimos que pessoas como Marcelino dos Santos beneficiam de tanto. E isso num país onde os hospitais minguam e a ajuda externa contribui de forma excessiva para que o Estado subsista. Um país sem água, transporte público condigno e educação de qualidade não deve custear esses luxos. E nem vale socorrer-se do discurso que advoga que Marcelino dos Santos é um dos obreiros do país. Isso é absurdo. Aliás, estupidamente absurdo.
Esses senhores auferem pensões chorudas e não carecem de benesses do género. Ou seja, num país que revela pobreza em cada gesto é inadmissível que se proporcione regalias do género. Quando questionámos alguns repórteres sobre as regalias dessa gente atiraram-nos com o seguinte: “Moçambique é projecto de Marcelino”. Quando já estávamos à beira da indignação revelaram algo preocupante: “Ele nem sabe que a casa onde viveu custou esse dinheiro. Alguém roubou em seu nome”.
É provável que sim. Aliás, foi o que aconteceu se olharmos para os documentos. Mas não é isso que intriga. O que dói é o discurso público de Marcelino. Discurso esse que apregoa a igualdade entre os homens. É que nós, no @Verdade, acreditamos que a igualdade só é possível entre iguais e, definitivamente, para os Dirigentes Superiores do Estado igualdade é letra-morta edificada no espírito da Constituição da República. Esse livro que vincula, no entender desta gente grande, aos Ruis e Beúlas desta vida. Apenas isso.
Fonte: @Verdade - 21.02.2014
Em moz as coisas nao acontece ao acaso, tdo é manobra para exvaziar o cofre do estado. Dinheiro que o cuetadinho pobre o povo paga inposto só para sustentar os camudongos.
ResponderEliminarEm mocambike se ker ser rico e so ser politico ligado ao partido no poder, o povo paga imposto p enriquecer kem sta no poder em vez de pagar bons salarios ao professor, enfermeiro, medico,policia. Compatriotas a mudanca sta nas maos do professor pk todo mocambicano passa por ele.
ResponderEliminarPergunta, sera um da MDM tambem podera ser rico? sera que ha membros do MDM que sao aldraboes? ou sao todos santinhos? Eu sou pergunto, nada mais
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