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quarta-feira, dezembro 11, 2013

“Magreza” da vitória eleitoral obriga Guebuza a fazer concessões

Possíveis figuras que “andam na cabeça” do Chefe de Estado para as gerais de 2014

Entende o Africamonitor intelligence que acrescenta que estava nos planos de Guebuza, fortificar a sua capacidade de decisão, através de “vitórias retumbates e onfortaveis”

Apesar de em todas as aparições públicas já registadas depois da votação de 20 de Novembro e 1 de Dezembro, os membros seniores da Frelimo não terem reconhecido publicamente preocupação em torno dos resultados divulgados inicialmente e há mais de uma semana pelos órgãos eleitorais locais, é dado certo que a Frelimo está realmente preocupada com a postura e comportamento exibidos por “muitos” eleitores que carregaram nas costas o MDM, colocando este partido quase na condição de ser declarada a segunda força política mais importante do país.

Entretanto, em surdina e internamente, as conversas têm estado a acontecer de forma azeda com acusações mútuas das alas que se diz existirem no seio do partido governamental.
Nisto, a última edição do Africamonitor intelligence aponta que os resultados conseguidos pela Frelimo, apesar de ter sido declarado vencedor em 50 das 53 autarquias estão, em larga medida a preocupar os quadros e dirigentes deste partido, na medida em que podem significar um cartão amarelo que pode ainda robustecer a oposição nas gerais de 2014.
Concretamente, em relação ao futuro candidato presidencial pelo partido Frelimo, que muitos acreditaram
que seria à medida de Guebuza, o Africamonitor avança que os resultados magros conseguidos na votação de 20 de Novembro e 1 de Dezembro, podem ter mudado este caminho. Ou seja, porque os resultados são entendidos como demonstração de insatisfação popular pelo desempenho do governo de Armando Guebuza, os mesmos reduziram e muito o poder decisório de Guebuza, pelo que a indicação do futuro
candidato presidencial deva resultar de uma escolha consensual e mais ponderada.
“É corrente a ideia de que a “magreza” da vitória eleitoral o obrigará a fazer concessões na escolha” – diz o Africamonitor.
A ter havido uma vitória substancial e confortável da Frelimo e seus candidatos, tornava Armando Guebuza e a sua ala no seio do partido mais forte e com capacidade de avançar sem necessidade de muitas consultas, tudo no caminho virado às presidenciais de 2014.
“Uma vitória eleitoral substancial da Frelimo fazia parte dos cálculos de Armando Guebuza e da sua ala no partido, tendo em vista um reforço da sua liderança. O propósito era o de suplantar os seus opositores internos, de modo a criar ambiente para melhor afeiçoar ao seu interesse decisões como a escolha do candidato presidencial”–diz o Africamonitor.
Através do seu porta-voz, Damião José, a Frelimo já publicamente apareceu a reconhecer as derrotas eleitorais em Quelimane, Beira e Nampula, ao mesmo tempo que aproveita os momentos para felicitar os seus adversários políticos.(redacção)


Fonte: Mediafax – 09.12.2013

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