Que análise faz do cenário político em Moçambique, sobretudo da sobrevivência do processo democrático?
Do orçamento para a compra de armas, eu só gostaria de ter um por cento para resolver o problema da malária no país e melhorar a dieta alimentar dos cidadãos. Este é o momento de nós desenvolvermos confiança mútua e universal, mas, infelizmente, quando alguém se arma cada vez mais, significa que há uma desconfiança.
A arma é má conselheira, a arma não é para matar os mosquitos que nos causa a malária, é para matar o ser humano. Devemos ser guardadores uns dos outros e não assassinos uns dos outros, porque, quando alguém vai procurar arma, está a dizer que está pronto para assassinar os outros. Num país como o nosso, devemos pensar muitas vezes antes de engrossarmos o nosso stock em termos de armamento, principalmente quando tomamos em consideração os vários aspectos de necessidades que existem no nosso seio: educação, saúde, alimentação (...). É preciso haver uma grande transparência nestas questões.
Com este extremar de posições entre as partes, com mortes de civis e militares, como é que saímos desta situação?
Diálogo! Sem o diálogo vão as armas e só nos matamos uns aos outros. Convido todo aquele que acha que está a ser um obstáculo ao diálogo para se arrepender e perguntar aos outros o que deve fazer.
Fonte: O País online - 14.11.2013
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