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sábado, agosto 17, 2013

“Em Moçambique só há partidos de direita”: uma entrevista com Michel Cahen

Revista Plural: Volto mais especificamente ao país do qual o senhor tem maior conhecimento. Tendo em conta todo o processo de avanços legislativos em Moçambique, o que pensa da democracia moçambicana hoje?


Michel Cahen: Eu parto do princípio de que as sociedades africanas precisam de tanta democracia quanto as sociedades europeias ou as americanas. As sociedades africanas são muito heterogêneas e não tiveram a mesma história que as sociedades europeias. Isso é um fato. Mas, sendo muito heterogêneas, nunca poderão ser exprimidas por um único partido político. Então, para mim, é muito racista dizer que na África era melhor um partido único para se “construir a nação”. Para essa construção, quer dizer, para que uma comunidade de cidadãos se sinta bem e garanta seu progresso econômico, social e cultural, é preciso que haja uma democracia pluralista. Não há democracia se não for pluralista. Democracia quer dizer o poder para o povo, e o povo é pluralista e heterogêneo. Tal é o princípio de que eu parto.

Leia a entrevista na íntegra aqui

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