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segunda-feira, julho 08, 2013

Impor desarmamento da Renamo como condição é esquivar-se da resolução da crise política

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) entende que a presença dos homens armados da Renamo tanto em Marínguè como em outros pontos do país nunca constituiu uma ameaça para os moçambicanos, razão pela qual condicionar o diálogo sob esta alegacão deixa clara uma fuga pela frente que o Governo da Frelimo está a ensaiar para continuar a criar instabilidade no país.


Esta posição foi apresentada ontem, em conferência na Beira,  pelo porta-voz daquela formação política, Sande Carmona, que considera ser estranha a condição para o diálogo apresentada pelo Governo, pelo facto de ter aceite a existência daqueles homens aquando da assinatura dos acordos gerais de paz em 1992, que deviam, entretanto, garantir a segurança de Afonso Dhlakama e dos quadros superiores da Renamo.

Segundo a fonte, a desmobilização dos homens armados da Renamo tem que ser de forma pacífica e natural, a partir de várias propostas que estão sendo anunciadas, por forma a garantir-se a integridade física e social daqueles concidadãos.

O MDM admite que o Governo perdeu o controlo da situação político-militar, facto que se reflecte na perca do gozo pleno da paz, porque, segundo avançou o seu porta-voz na Beira, não se pode falar de viver em paz num país onde há impasse no diálogo e assiste-se à movimentação de militares num ambiente de retorno à guerra.

Aquela formação política diz estar preocupada com a morte de moçambicanos resultante da arrogância e prepotência do chefe de estado, Armando Guebuza.

“O MDM está sim contra aqueles que querem empurrar os moçambicanos para mais uma carnificina, guerra civil, unicamente para salvaguardar interesses iníquos e contra a nação”, – disse Carmona.

 “O estado tem a obrigação de indemnizar as vítimas dos ataques e não se deve limitar apenas a lamentar como qualquer cidadão”– referiu Carmona.

O MDM propõe que o presidente da república e o líder da Renamo se encontrem na cidade da Beira ou em Quelimane, por serem locais do país onde a arrogância e a exclusão foram eliminadas.

Fonte: O País online - 08.07.2013

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