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segunda-feira, abril 29, 2013

Reitores dizem que processo eleitoral pode ficar manchado

Caso Leopoldo da Costa”.

Lourenço do Rosário diz que esta polémica pode dar razão àqueles que contestam a sociedade civil. Por seu turno, Jorge Ferrão diz não perceber por que há confrontações em torno da CNE.


Chamados a comentar em torno da polémica - e até prova em contrário - fraudulenta candidatura de Leopoldo da Consta a membro da Comissão Nacional de Eleições, os reitores das universidades Politécnica e Lúrio, Lourenço do Rosário e Jorge Ferrão, respectivamente, referiram não dispor de muita informação para, de forma segura, emitirem uma opinião final. Contudo, consideram que, a ser verdade o que está a ser veiculado pela imprensa, é mau para a credibilidade do processo eleitoral, até mesmo do próprio reitor Leopoldo da Costa. “É um bocado delicado comentar esta questão em relação a um colega, porque ele é reitor de uma instituição do ensino superior, mas não deixa de ser uma mancha, se for verdade o que foi noticiado. É uma mancha não só para ele, pessoalmente, mas para todo o processo eleitoral e para CNE, e a situação eventualmente vai contribuir para dar razão aqueles que contestam que a sociedade civil tem lacunas na sua organização. Não é bom para nós, para a nossa democracia”, disse Lourenço do Rosário.

Sobre a mesma questão, o reitor da Universidade Lúrio, Jorge Ferrão, disse “Eu tenho absolutamente, como cidadão moçambicano, acompanhado aquilo que é veiculado pela imprensa. Todavia, faltar-me-iam dados. eu conheço o professor Leopoldo, ainda não liguei para ele, vou ligar oportunamente para poder conversar em torno desta matéria. eu espero, como académico, e ele, como colega par académico, que tudo isso se clarifique, a bem da credibilidade do processo eleitoral, a bem da credibilidade dele próprio como académico, até como reitor, que todos estes problemas possam ser esclarecidos. não teria, neste momento, uma opinião finalizada sobre o assunto, mas quero que o processo eleitoral, no nosso país, seja um processo transparente credível, que decorra da forma mais transparente possível. não vejo que existam razões para que tenhamos confrontações por causa de uma comissão nacional de eleições. Depois destes anos de paz, de independência, podemos fazer um processo eleitoral transparente e coerente. tudo isso depende de nós”, disse Ferrão.

Fonte: O País online - 30.04.2013

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