Páginas

domingo, março 24, 2013

Liga dos Direitos Humanos exige punição severa

A Liga Moçambicana dos Direitos Humanos diz estar profundamente chocada e indignada com o baleamento mortal pela Polícia da República de Moçambique, na última esta terça-feira, de um jovem de 31 anos, condutor de um “chapa 100” que fazia o trajecto Museu-T3, acto perpetrado por agentes afectos à esquadra do bairro T3, no Município da Matola.


Para a Liga dos Direitos Humanos, esta conduta irresponsável da Polícia chocou sobremaneira os moradores do bairro T3 que, na manhã do dia 20, se amotinaram junto à esquadra local em protesto contra a actuação indigna da corporação.

“Nesta tentativa da população de exigir justiça e já com os ânimos exaltados, houve quem arremessou pedras contra a Polícia e o edifício da esquadra, ao que os agentes responderam novamente com recurso às armas, disparando para o ar balas de borracha e outras verdadeiras, para dispersar a população furiosa”, acusa a LDH

O comunicado da Liga dos Direitos Humanos assinado pela respectiva presidente, Alice Mabota, diz que “o argumento da população para tentar invadir a esquadra prende-se com o facto desta não ser a primeira vez que polícias daquela esquadra matam pessoas sem que sejam responsabilizados. No relato dos populares, esta é a terceira vez que agentes da esquadra de T3 baleiam mortalmente cidadãos indefesos  e ficam impunes e intactos nos seus postos”.

Para a Liga dos Direitos Humanos, qualquer que fosse a infracção cometida pelo jovem condutor do “chapa 100” nada justificaria o seu baleamento, pior se se tiver em conta que ele havia acatado a ordem de parar, para se inteirar do que dele se exigia.

Fonte: O País online - 25.03.2013

5 comentários:

  1. Caro Reflectindo,

    Ainda estou a espera de ver a "vossa" crítica, tua e de mais todos aqueles "Zicomos" e "Mwalimos" no que diz respeito ao assassinato deste nosso compatriota, desta vez, assassinado pela nossa policia. Ainda virá a "vossa" crítica??

    Abilio Meponda

    ResponderEliminar
  2. Caro Abílio Meponda

    A minha crítica ao assassinato de Alfredo Tivane é inequívoca. Sempre tentei e tentarei provocar debate em torno deste assassinato onde quer que seja. E não apenas este assassinato falo mas de todos cuja autoria é da PRM.
    Lembre-se ainda que eu sempre relacionei a accão da polícia sul-africana à da PRM/FIR.

    ResponderEliminar
  3. Caro Reflectindo,
    De certo modo estou de acordo contigo e tenho seguido com uma certa atenção as críticas "inequívocas" e as denúncias contra as atrocidades ocorridas em Moçambique, em Angola, na RSA e por esse mundo fora, denúncias e críticas que aqui neste espaço tens feito. Estranho é a falta da condenação nos moldes que o vi fazer quando foi da morte do nosso compatriota e até chamou a polícias sul africana de "ALGOZ", pese embora a morte do nosso compatriota na RSA tenha sido uma consequência indireta e neste caso do compatriota "chapeiro", uma consequência "direta". Onde está a polícia "Algoz" desta vez?

    Abilio Meponda

    ResponderEliminar
  4. Caro Abílio

    Alguma vez poupei à criminalidade da PRM/FIR. Se bem que acompanhas-me, então, sabes aos primeiros que chamei de algozes são precisamente estes homens da PRM/FIR.

    Vá aos arquivos do Reflectindo por exemplo, para ver qual foi a minha posicão pelas mortes causadas pela PRM em Maputo e Matola aos dias 1 a 3 de Setembro de 2010; procure a minha posicão sobre o massacre de Mogincual.

    Repito, a minha posicão é inequívoca. E no grupo Diálogo sobre Mocambique, quem afinal colocou e discutiu o artigo sobre a morte do Afredo Tivane?

    Resta saber a posicão do caro Abílio, para além de questionar a dos outros. Eu não vi nenhuma ou ainda está naquilo de que o Alfredo Tivane já devia ter evitado a morte?

    ResponderEliminar
  5. Reflectindo,

    A minha posição foi sempre de condenação a qualquer ação das autoridades que resulte em perda de vidas, mas não sou do tipo que sai logo a chamar nomes à policia num ato de generalização. Não generalizo e procuro não reagir por instinto (sem querer ofender pedi "juizinho nas cabeças" e fui condenado por isso).

    Por isso, caro Reflectindo, a minha condenação é também inequívoca quanto a estas ações policias, mesmo que escreva aqui neste espaço que sempre sigo e procuro tê-lo como uma das fontes de informação sobre este nosso Moçambique.

    Hoje, ja foi um policia expulso e... Será isso justiça? Claro que NÃO. Alguém esperneou-se a pedir prisão perpétua para o agente? São dois casos bem semelhantes, pois resultaram na perda de uma vida.

    A. Meponda

    ResponderEliminar