A Procuradoria-geral da República anunciou hoje que vai lançar nos próximos dias uma investigação ao suposto envolvimento do ministro da Agricultura, José Pacheco, e do seu antecessor, Tomás Mandlate, implicados por um relatório internacional no contrabando de madeira.
Um documento publicado recentemente pela Agência de Investigação Ambiental, organização não-governamental do Reino Unido, denuncia a exploração ilegal de madeira por empresas chinesas com conivência de altos quadros do governo moçambicano.
A pesquisa aponta José Pacheco e Tomás Mandlate como "facilitadores" da exportação ilegal de madeira, o que levou hoje a Procuradoria-Geral da República de Moçambique a garantir que "vai, de acordo com os fatos apresentados, iniciar as investigações".
Iremos às províncias onde os factos ocorreram, vamos ouvir as pessoas indiciadas, as estruturas competentes e outras partes cruciais no esclarecimento do caso e daí dar-se-á o devido tratamento processual", disse o procurador-geral adjunto, Taíbo Mucobora, citado pelo jornal Savana.
Investigadores da Agência britânica Ambiental fizeram-se passar por interessados na compra de madeira e conversaram, de forma disfarçada, com um empresário chinês.
Durante o diálogo, o proprietário da empresa de importação e exportação de madeira para Ásia tratava José Pacheco como "um amigo e irmão".
"Quando o ministro (José Pacheco) não tem dinheiro vem buscar em mim. Eu e ele somos como irmãos", disse o empresário chinês, citado pelo relatório intitulado "Conexões de primeira classe: contrabando, corte ilegal de madeira e corrupção em Moçambique".
Também o antigo ministro da Agricultura Tomás Mandlate é referido como estando no "esquema" de contrabando de madeira, encarregando-se de intermediar o processo de quotas de exportação e concessões florestais.
"É um trabalho pelo qual ele recebe um salário mensal e uma participação na companhia", refere o relatório da Agência britânica Ambiental.
De acordo com o documento, a China é o país que mais importa, exporta e consome o mundo, além de ser o principal responsável pela destruição das florestas tropicais.
A investigação aponta que "entre 80 e 90 por cento das árvores derrubadas em Moçambique têm como destino final a China".
Fonte: Lusa in Mocambique para todos – 15.02.2013
Nguiliche
ResponderEliminar"A investigaçao foi concluída. Nao há indicação do seu envolvimento no negócio nem situaçao de contrabando de madeira".
Mês de Carnaval.
ResponderEliminarEsta notícia é um Carnaval.
Mais nada.
Zicomo
Quem não sabe ainda qual será o desfecho dessa investigação, só pode estar de brincadeira ou náo conhece como são as coisas da terra!
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