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sábado, fevereiro 02, 2013

FACULDADE DE MEDICINA REPROVA 100 MÉDICOS ESTAGIÁRIOS

A Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) reprovou os cerca de 100 médicos estagiários que aderiram à greve protagonizada pelos profissionais desta área em Moçambique, entre os dias 07 e 15 de Janeiro passado. 

A decisão fará com que este grupo de finalistas, de um total de 137, não conclua os seus cursos este ano, adiando por mais algum tempo o sonho de se tornarem médicos.


O Ministério da Saúde (MISAU), que esperava receber os futuros médicos, diz não poder contrariar a decisão da Faculdade. A Associação Médica de Moçambique (AMM), que congrega médicos e médicos estagiários e que convocou a greve, promete dialogar com aquela instituição do Ensino Superior. 

Um despacho citado pelo jornal “Noticias” de hoje e assinado pelo director da Faculdade de Medicina, Mohsin Sidat, aponta que “todos os estudantes do sexto ano que comprovadamente faltaram às suas obrigações académicas consideram-se reprovados no segmento do Estágio Médico Integrado onde se encontravam quando o referido incumprimento ocorreu”.

O documento indica ainda que a data de repetição do estágio em que reprovaram fica ao critério dos departamentos onde o mesmo deve decorrer, ou seja, o responsável pode e muito bem decidir que o trabalho deve ser refeito no próximo ano, por exemplo.

Aos estudantes do mesmo grupo que tenham cumprido com dedicação, abnegação e até com sacrifício as suas obrigações naquele período, a Faculdade de Medicina promete atribuir um certificado de reconhecimento.

Jorge Arroz, presidente de Direcção da AMM, disse ao “Noticias” que foram surpreendidos pelo despacho e que estão neste momento a analisar uma série de dispositivos legais disponíveis com vista a averiguar até que ponto a decisão faz sentido.

Entretanto, apontou que o regulamento de avaliação em vigor na Faculdade de Medicina determina que um aluno reprova numa certa cadeira se tiver um número de faltas igual ou superior a 25 por cento da carga horária. O estágio integrado é de 10 semanas e os alunos faltaram nove dias, ou seja, cerca da metade do limite.

Por outro lado, à luz do memorando que pôs fim à greve ficou acordado que não se tomaria nenhuma medida administrativa contra os grevistas, o que significa que as faltas marcadas nas unidades sanitárias perdiam todos efeitos.

Fonte: AIM - 02.02.2013

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