Por Machado da Graça
Olá, Fernandes
Como foram as entradas neste 2013? Do meu lado foram sossegadas, como
acontece todos os anos.
Mas queria falar-te hoje de um fenómeno que, sendo próprio das ditaduras,
e de alguns regimes monopartidários, se está a infiltrar, cada vez mais, nesta
nossa tão bizarra democracia multipartidária.
Daquelas atitudes destinadas a endeusar o dirigente máximo como forma, normalmente,
de convencer o povo de que sem ele não é possível dirigir o país.
Ora isso tem vindo a acontecer entre nós e percebe-se mal porquê na
medida em que o actual dirigente máximo, em teoria, abandonará o poder no
próximo ano e iremos ser governados por alguma outra pessoa.
Por outro lado, alguns aspectos dessa campanha deixam muito a desejar em
termos da própria dignidade do Chefe de Estado.
Por exemplo, durante alguns dias a Rádio Moçambique colocou, nos seus
espeços publicitários, partes do discurso de Armando Guebuza na Assembleia da
República. De repente, entre um anúncio do Arroz Lulu uma promoção do Verão
Amarelo, aparecia a voz do Presidente da República a falar dos grandes
projectos. Custa a acreditar.
Mas agora temos outra coisa tão má ou ainda pior. São uns spots em que
aparecem pessoas a dizer como a sua vida melhorou graças à acção do Governo. O
que seria normal dado que são spots produzidos pelo próprio Governo. O que já
não parece normal é que essas pessoas atribuam esses benefícios na sua vida ao “Guebas”.
Que muitas pessoas, no dia-a-dia, chamem Guebas ao Chefe de Estado, é uma
coisa. Que um spot, produzido pelo Governo, chame Guebas ao seu chefe máximo é
outra coisa muito diferente. Será que nas reuniões do Conselho de Ministros os
membros do Governo tratam o Presidente por Guebas?
E não é por acaso que aquele nome aparece nos spots, porque aparece em
todos
eles, seja quem for a pessoa a falar.
É, portanto, intencional. Algum inteligente propagandista deve ter achado
que isso era uma forma de popularizar a figura do Chefe de Estado quando, na
minha opinião, o que estão a fazer é tirar-lhe a dignidade que lhe é devida,
pelo cargo que exerce.
Aprendizes de feiticeiro!
Mas, de facto, o aspecto mais intrigante é saber o porquê deste esforço
em relação a alguém que, em 2014, deixará o poder.
Ou será que não deixa?
Um abraço para ti do
Correio da manhã, edição Nº 3986 – 04.01.2013
Nota: O título é da responsabilidade do Reflectindo sobre Mocambiqque.
Voces aqui a conversar a toa, Guebas nao Guebas e o coitado do Dhakama a ser envenenado, ninguem se interessa do assunto, todos so falam de ditaduras nao ditaduras, isso nao interessa ao povo o que nos interessa e a vida do povo e dos seus cidadaos, se um cidadao esta a ser envenenado, nao nos interessa quem seja, se guebas, se mazivila, Dhakama, ou esse o tal do simango, nao interessa quem seja o que nos interessa e que isso tem quue acabar, veneno nao e boa coisa isso pode matar, nao e brincdeira nenhuma< nos somos irmaos unidos do rovuma ao maputo e temos que acabar com essas loucuras de estar uns contra os outros, ter invejas de outros fomentar baotas e schamar os outros de ditadores, guebas nao guebas, que e isso. Confusao querem criar no Pais, eu pessoalmente penso que Dhakama e o mais certo para este pais, mas democracia e democracia, se vier um nguenia, ndhakama, simango, guebas, eu aceito, eu aceito e pronto
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