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quarta-feira, dezembro 19, 2012

Buque é mau propagandista

Pensamento de: Edwin Hounnou

Adelino Buque, na sua crónica N.º 136, de 17 de Dezembro de 2012 no jornal Correio da manhã, mente quando insinua que os serviços da PRM estão disponíveis para quem souber usá-los.
Apesar de tanto se falar da partidarização das forças policiais, o MDM beneficiou de segurança proporcionada pela PRM. Isto revela que os serviços estão lá, a questão é saber usá-los.
Prossegue falaciosamente o bom de Buque, para quem o I Congresso do MDM mostrou que a PRM está vocacionada a servir os moçambicanos.
Isso pode ser dito por quem chega de pára-quedas a Moçambique ou por um mentiroso habituado a inverter os factos e jamais por quem vive em Moçambique.

Este tipo de declarações resulta do facto de, talvez, Buque nunca ter participado de nenhum processo eleitoral, desde a campanha à votação. Se for o caso, ainda tem a oportunidade de perguntar aos seus correligionários para entender como o seu partido ganha uma eleição.
O partido de Buque sabe usar bem os serviços da Polícia ao mandar a Força de Intervenção Rápida (FIR) ocupar a sede provincial do MDM, em Quelimane, em plena votação? Que diz Buque sobre o facto de a FIR ter invadido, na intercalar de Inhambane, as assembleias de voto para prender elementos de apoio logístico do MDM? Na lógica de Buque o seu partido tirou bom proveito da disponibilidade dos serviços da PRM para prender a oposição. Os mesmos serviços sempredisponíveis da PRM não recolheram elementos da Frelimo que se encontravam nas assembleias de voto a orientar em quem os eleitores deveriam votar.
É uma excepção a PRM actuar, em épocas eleitorais, de maneira imparcial. Há poucos casos em que a PRM foi imparcial durante a campanha eleitoral de 2009.
Não lhe vou dizer em que províncias foi por temer que os respectivos comandantes sejam expulsos.
Uma outra falsa propaganda que Buque passa é a generosidade do seu partido ao adiar as sessões do plenário devido ao congresso do MDM. Consta do regimento que qualquer das bancadas que tenha uma actividade que obriga os deputados a participarem no evento, o Parlamento não convoca o plenário. Não há nenhuma generosidade nem favor nem maturidade.
Buque tem de deixar de pensar que o seu partido é um distribuidor de favores porque se fosse verdade, há muito que teria interrompido que as mesmas pessoas recebessem três ou quatro salários do Estado enquanto milhares de moçambicanos não sabem que dar aos seus filhos. Basta ler o regimento para se aperceber disso a fim de não voltar a lançar poeira na cara das pessoas. Buque não vai enganar a ninguém porque os moçambicanos já acordaram do sono e lutam pelos seus direitos e não por favores.
Buque acha que o seu partido é um exemplo de civismo quando se fez presente no congresso do MDM. A Frelimo demonstrou que respeita as outras organizações, para além de ter participado como convidado neste Congresso. São estas atitudes que podem mudar a nossa forma de ver a políticadiz Buque. Em Setembro passado, os edis dos municípios de Chimoio e de Tete, correligionários de Buque, lutaram contra os do MDM. Vandalizaram os símbolos do MDM, retiraram as suas bandeiras porque queriam ver o MDM bater com a cabeça no chão a pedir-lhes uma cartinha de autorização para o seu funcionamento. O respeito que se quer não se limita a marcar presenças em congressos, mas deixar que outros partidos trabalhem em paz.
Na tentativa de defender o indefensável, acabou Buque de cair no ridículo.
Fonte: CORREIO DA MANHÃ in Mocambique para todos – 19.12.2012

2 comentários:

  1. Nguiliche

    O problemas dos ASSIMILADOS é que estao preocupados apenas com o presente, com os beneficios que colhem por serem ASSIMILADOS, nao estao preocupados com o futuro, com aquilo que estao a semear que frutas dará amanha. Nao pensam se os seus filhos ou netos vao aceitar serem ASSIMILADOS também, e se acontecer ao contrario o que será deles. Fomos empurrados para a Democracia quando estavamos em período medieval em que reinam os chacais.

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  2. Ha tantos megalheiros entre eles o Buque. Grande megalheiro. Com tantas arruassadas obriga-nos a introduzir mais termos na lingua portuguesa. Megalheiro 'e aquele que convivendo com megalhas, sem personalidade, acha que est'a no paraiso. Os mocambicanos nao vao descansar antes que a sua personalidade seja reconquistada. Ha sinais visiveis dessa reconquista. E a luta vai continuar. Nao vamos perder tempo com os megalheiros.

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