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domingo, novembro 18, 2012

RENAMO desvaloriza comissão negocial da Frelimo

COMPOSTA POR QUATRO ILUSTRES DESCONHECIDOS DO PARTIDO GOVERNAMENTAL

A Renamo estará a desvalorizar a comissão recentemente anunciada pela Frelimo para diligenciar em torno do dossier Gorongosa e parece já estar a elevar a reivindicação, reclamando agora contacto com uma representação do Governo e não do partido governamental, alegadamente para evitar a repetição de “rasteiras” anteriores.
A Frelimo anunciou esta semana a criação de uma comissão composta por quatro elementos – Afonso Menzese Camba, Manuel Mapungue, Yolanda Matsinhe e Renato Mazivila, num aparente esforço para tratar das reivindicações apresentadas pela Renamo.
Ainda não há contactos com esse grupo e provavelmente não vai haver porque nós não queremos falar com o partido Frelimo, mas sim com o Governo. Já nos pregaram partidas anteriormente e não queremos repetir isso”, afiançou-nos a fonte, reclamando anonimato, depois de referenciar os nomes das pessoas envolvidas nos contactos em representação de ambas partes.
Fonte do partido de Afonso Dhlakama disse ao Correio da manhã estarem em marcha contactos com organizações regionais e internacionais, designadamente a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Contactos em JHB
 
O nosso informante precisou terem ocorrido contactos com o Secretário Executivo da SADC numa das salas VIP do Aeroporto Internacional ORTambo, em Joanesburgo (África do Sul) “há sensivelmente duas semanas”, tendo como contra-parte três quadros séniores da Renamo.
Revelou ainda haver diligências do Conselho Cristão de Moçambique, “ao mais alto nível”, que pretende deslocar-se a Gorongosa, para interagir com Afonso Dhlakama, o que “deverá acontecer dentro em breve”.
Queima de tempo?
Observadores acreditam não existir vontade séria das duas partes em dialogar, mas simples “queima de tempo” para se preparar para a luta.
Do lado da Renamo constam relatos da ida às bases “espalhadas um pouco por todo o país” de “centenas de jovens” e antigos guerrilheiros interessados em combater debaixo da bandeira da perdiz, enquanto do lado do Governo também se diz que está a concentrar forças e meios letais próximo do local onde se crê estar Dhlakama e seus principais comandos.
Na Europa circularam no início desta semana informações que carecem de verificação de que o Governo moçambicano estaria a negociar com a Rússua a compra de seis helicópteros tipo ANSAT, supostamente para equipar um tal “Destacamento Aéreo Presidencial”.
 
CORREIO DA MANHÃ In Mocambique para todos – 16.11.2012

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