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domingo, novembro 11, 2012

Aprovada intervenção militar para expulsar islamitas no Mali

Os chefes militares da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), adoptaram, ontem, em Bamako, um plano para expulsar os islamitas que controlam o norte do Mali, depois de um dos grupos ocupantes ter-se comprometido a defender uma solução negociada, noticiou a Angop.

A proposta militar, aprovada numa reunião na capital maliana, vai agora ser estudada pelos chefes de Estado da organização regional, que se reúnem no domingo, em Abuja, na Nigéria, com vista à sua aprovação, para depois ser apresentada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 26.


O Mali caiu no caos depois de um golpe de Estado, a 22 de Março, ter derrubado o Presidente Amadou Toumani Touré, criando um vazio de poder que permitiu a rebeldes tuaregues e combatentes islamitas apoderarem-se do vasto deserto no Norte do país.
“Estamos muito satisfeitos”, disse o chefe das Forças Armadas do Mali, Ibrahim Dembele, em declarações subsequentes ao fim da reunião. “No seu conjunto, a estratégia foi adoptada e tropas amigas virão ajudar o Mali a reconquistar o norte”, adiantou. Os detalhes do plano aprovado não foram divulgados.
A Organização das Nações Unidas querem saber a composição da força de intervenção proposta, o nível de participação dos vários Estados da CEDEAO, o financiamento da operação e os meios militares para a concretizar.
“É um ambicioso plano. Devemos esperar um pouco mais de quatro mil soldados, no caso de uma intervenção militar.
Estudamos todos os parâmetros. Agora esperamos instruções dos nossos chefes de Estado”, acrescentou um oficial do Benin, que participou na reunião de Bamako.
Na terça-feira, um dos grupos que ocupam o vasto deserto, o islamita Ansar Dine (Defensores do Islão, em Árabe), apelou a todos os movimentos armados para pararem as hostilidades e começarem negociações de paz.

Fonte: Rádio Moçambique – 11.11.2012

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