A Renamo, antigo movimento armado em Mocambique, acaba de reagrupar seus comandos e reactivar a sua pimeira base militar, nas proximidades da serra de Gorongosa, no posto administrativo de Vunduzi, centro do pais. Sao cerca de 800 homens.
Em plena comemoração, quarta-feira, dos 33 anos da morte do primeiro comandante da Renamo, André Matsangaissa, o lider deste maior partido de oposicao, Afonso Dlakama, que tem já montado barracas na base e renovado fardamento militar de seus comandos, idos de Sofala e Manica, revelou, durante um comício, que não sairá do seu novo acampamento até que o Governo da Frelimo resolva todas as suas reivindicações.
Constam das reivindicacoes, entre as quais, a revisão da lei eleitoral, observância de protocolos do Acordo Geral de Paz (assinado com o governo em 1992 em Roma) e melhoramento das condições da vida da população.
Segundo a edicao de hoje do “Diario de Mocambique”, Dhlakama ordenou demonstração de prontidão militar dos seus comandos, mas afirmou que não vai atacar a ninguém. Contudo, segundo disse, caso seja provocado pelas tropas governamentais irá matar todos os integrantes e transladar os corpos para suas terras de origem.
No seu discurso a dezenas de membros e apoiantes, alguns dos quais supostamente residentes na vizinha província de Manica, afirmou que em nenhum momento pretende voltar a pegar em armas, mas poderá fazê-lo caso seja pressionado pelos desmobilizados.
“Não estou a pegar em armas por vontade minha, mas os desmobilizados querem fazer. Caso essa pressão aumente poderei voltar a pegar em armas” – disse.
Afonso Dhlakama afirmou ter tomado tal decisão pelo facto de ter ficado 20 anos sem ver os frutos de suas reivindicações e que, desta vez, a Frelimo é que virá ao seu encontro para resolver os assuntos pendentes com o Governo.
“Eu não irei sair daqui das matas, onde estou desde segunda-feira. Não vou para Beira, nem para vila de Gorongosa. As conversações vão acontecer aqui nas mangueiras. Eles virão aqui se calhar daqui há três dias e se eles demorarem as consequências serão deles. Repito, não irei sair daqui sem solução de todos os problemas. Portanto, demonstrei boa-fé durante 20 anos, de muito sacrifício, de abusos. Não sou filho da Frelimo (partido no poder) nem sou da família de Guebuza (presidente da Republica). Por isso, a partir de hoje tudo vai depender deles” – frisou Dhlakama.
Reafirmou não pretender fazer ataques militares, mas ameaçou que se alguém disparar contra as suas forças vai reagir: “Vamos matar todos e acompanhá-los até Maputo (a capital do pais). Não posso esconder, vai acontecer isso, de facto. Como Guebuza é arrogante e ainda não levou porrada e não conhece o Dhlakama, isto irá acontecer. Mas também acredito que os amigos dele já amanhã vão dizer para conversar comigo, pois eu já cumpri. Fui escravo da Frelimo, fui abusado com miúdos da Intervenção Rápida (policia), já chega”.
As comemorações dos 33 anos da morte de André Matsangaissa foram caracterizadas pela realização de uma cerimónia tradicional. A bebida disponível foi consumida por quadros seniores do partido Renamo, entre os quais Fernando Mazanga (porta-voz nacional do partido), Issufo Momad (antigo secretario-geral), Manuel Lole (quadro senior do partido).
Fonte: AIM – 18.10.2012
Xiiipa o mano Dhakama alias o vovo dhakama nao esta para brincadeiras, eeeepa, agora e que as coisas vao mesmo acontecer. o velho se zangou mesmo puxa, ate quer comecar com a guerra. Salve se quem puder... agora e que as coisas se complicaram. vovo dhakama mesmo.
ResponderEliminare muito caricato porque falar de armas neste pais sempre foi muito normal, porque desde a muito as cidades e todos cantos deste belo Mocambique sao repletos de AK47, os nossos filhos nascem e crescem por baixo das armas quando perguntamos justificam seguranca e esta base de Marringue sempre existiu porque? e o mais caricato uns medem forcas e os outros sofrem e morrem seria bom que os que medem forcas entrassem directamente na guerra
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