O reitor da A Politécnica, a mais antiga universidade privada em Moçambique, Lourenço do Rosário, considera que Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, principal partido da oposição, "tem legitimidade em algumas questões que reivindica".
Afonso Dhlakama instalou-se na semana passada na Serra da Gorongosa, centro de Moçambique, antiga base da Renamo, juntamente com centenas de ex-guerrilheiros do movimento, para pressionar o Governo da Frelimo a aceitar as suas exigências em negociações.
Leia aqui: Dhlakama instala-se na Gorongosa
O principal partido da oposição exige a formação de um Governo de Unidade Nacional, a integração dos seus antigos guerrilheiros no exército nacional, a despartidarização do Estado pela Frelimo e a formação de uma Comissão Nacional de Eleições (CNE) composta apenas pelos principais partidos e sem a presença de membros da sociedade civil.
Em entrevista ao semanário Savana, Lourenço do Rosário, um dos mais respeitados académicos moçambicanos, afirmou que Afonso Dhlakama e o seu partido têm "legitimidade em algumas questões" que reivindicam.
"Em algumas questões que a Renamo ou o seu líder reivindicam, têm legitimidade. As exigências são legítimas, mas não é bom sinal recorrer a posturas que nos possam conduzir ao reacender da conflitualidade em Moçambique", afirmou o reitor da A Politécnica.
Lourenço do Rosário apontou o facto de o Governo não ter atendido à exigência da Renamo de se encontrar uma saída para a questão do contingente armado que ainda mantém nas suas antigas bases militares como um ponto "válido" do conjunto das reivindicações daquele partido.
"É verdade que certos sectores radicais da Frelimo não tomaram em conta alguns aspectos reivindicativos. Penso que são quatro aspectos exigidos pela Renamo. São coisas que não vejo nenhuma anormalidade em exigi-las. Desde 1999 que a Renamo vem exigindo a despartidarização do Estado ou da administração pública, o fim da discriminação nas forças armadas e a revisão do pacote eleitoral", enfatizou Lourenço do Rosário.
Para o reitor da A Politécnica, ao instalar-se na Serra da Gorongosa, Afonso Dhlakama pretende uma forma de chantagem para obrigar a Frelimo a negociar, alertando para a necessidade do diálogo, pois, segundo Rosário, "isto pode ser um fio de navalha".
"Nós temos gás natural, carvão, minérios e tantos outros recursos preciosos que para as empresas concessionadas é mais valente negociar com governos frágeis. Onde há conflitos e divisões internas, há mais espaço para as multinacionais explorarem os recursos como querem", realçou Lourenço do Rosário.
Xiiiiiipa Lourenço do Rosário voce mesmo e intelegente.O nosso Dhakama tem sempre razao, eu nunca vi Dhakama sem razao, e um homem do povo que ama mozambique e o povo. Eu nao conhececo pessoalmente este embodeiro de Mocambique mas respeito este homem> Rosario, ja viu que Dhakama tem cabelo branco? isso quer dizer intelegencia, madureza, destreza, sabidoria, este homem a muito que ja deveria ser o presidente, e entao o nosso petroleo, prata, marfim, a celusose tudo ira dar riqueza ao povo, Dhakama gosta de dividir o que tem sobretudo com a camada pobre. Uma vez ele estava na estacao ferroviaria de maputo e comprou uma badzia para um menino esfomeado que la estava. Este Dhakama e o unico vencedor das eleicoes mas sepre e aldrabado, o homem tem coracao manso. Esta constantemente a ser aldrabado e traido, holhem so para esse amigo da frelimo esse tal simango, traiu dhakama e nos deixou debalda. Ainda bem que gente boa e inteligente como o Mano Rosario reconhece que neste pais so existe um grande lider o nosso Dhakama. Nao ha Mocambicanos tao habeis como ele, que se sacrificam e amao o povo inteiro, ate decidiu deixar ficar os palacios e os dinheiros dos governos da frelimo, para padecer fome com os seus comparsas em gorongosa. Nao pode ser assim que o melhor filho do pais pareca como o foragido e um fora da lei refugiado longe la nas montanhas, como se fosse um bandido armado. O Povo deve acordar. POVO CABECA PARA PENSAR
ResponderEliminarNguiliche
ResponderEliminarSao estes intelectuais que fazem falta ao País, que nao medem as coisas pela satisfaçao do seu estomago. Concordo consigo Dr. Lourenco de Rosário. Nao significa estar a favor da guerra por que ela deve ser ultimo recurso.
Infelizmente, PR Guebuza vai primeiro consultar os seus conelheiros militar, e esses vao lhe induzir no erro tal como foi induzido no erro Khadafi e Saddam Hussein, nao há de ir ao encontro com Dhlakama.
Se Guebuza nao conseguiu falar com Dhlakama durante toda sua governaçao que vai fazer dez anos, por puro orgulho e erro de acessores miliares, nao o vejo a poder faze-lo agora e ainda em Gorongosa.
Portanto, Dhlakama nao deve esperar resposta favoravel de Guebuza.
Paz e Dinheiro