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segunda-feira, outubro 29, 2012

DLAMINI-ZUMA CHOCADA COM REVELAÇÃO DE QUE UNIÃO AFRICANA DEPENDE DOS DOADORES

A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini-Zuma, expressou choque na sua primeira semana no cargo com a revelação de que os doadores ocidentais é que financiam quase todos os programas da organização.


“Nenhuma mente libertada pode pensar que a sua agenda de desenvolvimento está a ser financiada por doadores,” disse ela a durante um banquete Business Unity oferecido em sua honra este fim-de-semana em Joanesburgo, Africa do Sul.

“Mais de 97 por cento dos programas da UA são financiados por doadores. Deveríamos ser mais auto-suficientes. Os nossos governos devem colocar mais dinheiro na UA, ”disse.

Ela acrescentou que os doadores até pagam para os órgãos da UA desenvolverem a agenda estratégica africana, uma tarefa fundamental daquilo que é conhecido como o Século Africano. O crescente valor dos recursos minerais durante a última década deu à África oportunidades sem precedentes para desenhar o seu próprio futuro.

“Os nossos antepassados libertaram-nos da colonização. Mas agora é a nossa vez de libertar as nossas mentes.”

A UA, cujo braço executivo, a Comissão Africana, Dlamini-Zuma lidera desde 15 de Outubro, foi fundada em 2002.

As contribuições obrigatórias para a organização têm sido ignoradas por muitos dos Estados membros. Os doadores é que contribuem, mesmo para as forças de manutenção da paz, e para programas de saúde e educação, e mesmo para os salários dos funcionários desta organização continental.

Mas para se desligarem do passado, os 54 Estados membros da UA terão que pagar as suas contribuições na totalidade e atempadamente. Mesmo assim, o orçamento dos programas da UA continuará a ser financiado pelos doadores, embora os números exactos constituam segredo, segundo a Fundação Heritage, dos Estados Unidos.

“A totalidade do apoio oferecido pelos Cidadãos Americanos não é conhecido, porque a organização não dispõe se quer dos mais elementares padrões de transparência,” lê-se num relatório publicado em Março último.

Dlamini-Zuma já começou a sentir o peso da sua nova tarefa, tendo passado a sua primeira semana em Bamako, Mali, por causa da pouca frequência de voos entre as capitais do continente.

(AIM)
BUSINESS DAY/bm/sg

Fonte: (AIM) – 29.10.2012

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