Um tribunal
sul-africano indiciou nesta quinta-feira os mineiros presos em 16 de agosto na
mina de Marikana durante um tiroteio com a polícia, e acusou-os pelo homicídio
de 34 dos seus companheiros em virtude de uma cláusula legal, informou a
promotoria à agência de notícias AFP.
"O tribunal indiciou todos os mineiros por
assassinato, de acordo com a lei", informou o porta-voz Frank Lesenyego.
A lei do país determina que todas as pessoas
detidas num lugar onde houve um tiroteio envolvendo polícias têm que ser
indiciadas por assassinato, independente de as vítimas serem agentes ou não.
A acusação recai sobre os 270 mineiros: os 259 que
foram detidos no dia 16 de agosto mais os feridos que foram presos ao sair do
hospital. O juiz marcou a próxima audiência para quinta-feira, 6 de setembro, e
ordenou que continuassem detidos até então.
O activista Julius Malema, expulso em abril da
ANC, o partido no poder na África do Sul, compareceu à audiência desta
quinta-feira.
"É uma loucura!", disse depois da
decisão do juiz, "nenhum dos polícias que matou esses mineiros está na
prisão".
A greve não autorizada na mina de platina de
Marikana causou um total de 44 mortos.
Dez homens, entre eles dois polícias e dois
guardas, morreram nos enfrentamentos entre sindicatos entre os dias 10 e 12 de
agosto, e 34 mineiros em greve morreram no dia 16 de agosto quando a polícia
disparou contra os manifestantes.
Fonte: Rádio
Moçambique – 30.08.2012
Nguiliche
ResponderEliminarUma lei da idade-media ou da democracia à maneira Africana! O que podemos esparar do tribunal da SADC, é mesmo melhor que nunca seja constituido, pois será dispendio de recursos. Shame!