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quarta-feira, julho 11, 2012

Moçambique: Responsabilidade social da indústria extractiva não está regulamentada

A responsabilidade social da Indústria Extractiva em Moçambique carece de estratégias, politicas, legislação e regulamentos específicos do Governo, onde são identificadas as suas áreas de actuação.

A questão da responsabilidade da indústria extractiva resulta das recentes descobertas de hidrocarbonetos na Bacia do Rovuma, norte do país, e as grandes reservas carboníferas na província central de Tete. 

O assunto foi tónica dominante de um encontro havido hoje em Maputo, visando debater os aspectos ligados as políticas de responsabilidade social, a sua contribuição para melhorar o desenvolvimento social, humano, técnico, económico, nas áreas onde as empresas têm impacto, garantindo o bem-estar nas comunidades.

O encontro, cujo lema foi “Recursos Minerais rumo ao Desenvolvimento Socio-Económico”, organizado pelo Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) e financiado pelo Canadá, trouxe ao mesmo átrio empresários e académicos para reflectir sobre o assunto.

Na óptica do académico Firmino Mucavel, presente na reunião, há uma necessidade de formular normas, procedimentos, valores locais sobre como desenvolver as instituições locais, trazendo elementos normativos, tendo em conto o desenvolvimento de acordo com os contextos.

“Temos de responder as expectativas tendo em conta as diferentes tipologias de empresas e coordenar os estudos com as instituições de investigação, de ensino básico, médio ou superior, equacionando com a leitura de outros estudos feitos anteriormente” disse Mucavele.

No entanto, um estudo feito 2011 junto de 10 empresas com licença para operar no ramo extractivo, das quais seis na área de mineração e quatro na área de hidrocarbonetos, mostra que 66 por centos da sociedade solicita serviços ligados a construção civil, transportes, combustível.

João Viseu, porta-voz do encontro, apontou como desafios para o sector privado, a falta de quadros nacionais qualificados para resolver os problemas das empresas bem como a falta de entendimento dos operários para melhor uso de equipamento de segurança no trabalho.

Fonte: Rádio Moçambique – 11.07.2012

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