Criminalidade em alta na cidade de Nampula

A onda de criminalidade em Nampula, sobretudo nos bairros periféricos da  capital provincial, tem vindo a conhecer um aumento galopante nos últimos tempos, uma tendência que em menos de duas semanas resultou na morte de três pessoas por agressão e estrangulamento, sendo as vítimas dois professores e uma mulher.

Em quase todos os bairros suburbanos andar a noite é um risco, pois é o momento para os criminosos, principalmente os conhecidos por “nacatanas”, tomaram conta das zonas residenciais de tal forma que eles protagonizam sem dificuldades assaltos e agressões a cidadãos indefesos.

Segundo o jornal Notícias, trata-se de alguns perigosos cadastrados evadidos da cadeia que aterrorizam os habitantes dos bairros por si visados.

“É certo que há bairros onde se respira um pouco, mas de um modo geral, a criminalidade na cidade de Nampula está em alta, mesmo com o policiamento comunitário os casos de assaltos e assassinados continuam a aumentar. O mais preocupante ainda é que há casos de roubo ou mortes protagonizados pelos criminosos que não são reportados à polícia”, disse Maria Lancheque, residente no bairro de Napipini, em declarações ao Notícias.

Nalgumas zonas residenciais, os criminosos munidos de armas brancas, arrombam as portas das casas, agridem os ocupantes e roubam o que lhes apetece.

O porta-voz do comando provincial da República de Moçambique em Nampula, Inácio Dina, reconheceu a ocorrência nos últimos tempos naquela parcela do país, de crimes violentos ou de impacto na sociedade cometidos por perigosos cadastrados, mas negou que tal signifique o recrudescimento da onda de criminalidade na região.

Falando sobre as três pessoas assassinadas, Dina disse que um professor foi morto dentro da sua própria casa, no distrito de Nampula/Rapale, enquanto outro foi agredido até à morte no bairro de Muatala. A mulher que em vida respondia pelo nome de Teresa António, foi assassinada depois de ter sido violada sexualmente no bairro de Napipine, por um grupo de três homens.

Fonte: Rádio Mocambique - 18.07.2012