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sexta-feira, junho 15, 2012

Jornalista interrompe discurso e irrita Obama

Um jornalista do Daily Caller, uma publicação conservadora americana, interrompeu o presidente Barack Obama nesta sexta-feira em pleno discurso sobre o fim das expulsões de jovens estrangeiros ilegais e conseguiu tirá-lo do sério. O repórter Neil Munro (no centro da imagem),  expressou de forma estrondosa a sua oposição à medida do presidente democrata quando este explicava a sua decisão de colocar fim às expulsões de menores que chegaram nos EUA antes dos 16 anos.


"Desculpe, senhor, mas ainda não chegamos às perguntas", respondeu Obama. Munro perguntou então ao presidente sobre se ele pensava responder aos jornalistas. "Não enquanto eu estiver a falar", retrucou Obama. O jornalista voltou a gritar do fundo do jardim da Casa Branca, e Obama, já visivelmente contrariado, disse: "eu não quero uma discussão. A única coisa que faço é responder a sua pergunta".

Raramente um presidente dos Estados Unidos é interrompido quando faz um discurso formal. Em geral, os jornalistas esperam que ele termine antes de fazer perguntas.

Obama afrouxa regras de deportação para imigrantes jovens
Cerca de 800 mil imigrantes ilegais jovens, que entraram ainda crianças nos Estados Unidos, poderão ser poupados da deportação sob as novas regras de imigração anunciadas pelo governo Obama nesta sexta-feira. A medida poderá agradar aos eleitores hispânicos num ano eleitoral.

O presidente Barack Obama disse que esta é "apenas" uma decisão, e não uma solução permanente para resolver o problema da imigração no país.

"Não é amnistia, não é imunidade. É um caminho para a cidadania. Não é uma solução permanente", declarou Obama aos repórteres na Casa Branca.

A secretária de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, disse que os imigrantes ilegais de até 30 anos que entraram crianças nos EUA e que não representam risco à segurança nacional serão permitidos a continuar no país e autorizados a inscrever-se para licenças de trabalho.
A nova regra foi anunciada uma semana antes de o presidente Obama, que procura a reeleição no pleito de 6 de novembro, participar num encontro da Associação Nacional dos Latinos Eleitos e dos Funcionários Nomeados, na Flórida. O candidato republicano à Presidência, Mitt Romney, também deve falar com o grupo na semana que vem.

Embora as pesquisas de opinião pública indiquem que Obama tenha o apoio dos eleitores hispânicos, a sua relação com o grupo minoritário que mais cresce nos EUA foi abalada por causa da política agressiva do seu governo para a deportação de imigrantes ilegais.

Estima-se que haja entre 1 milhão e 2 milhões de imigrantes ilegais que entraram nos EUA quando crianças vivendo actualmente no país, de acordo com números de grupos de imigrantes.

Autoridades norte-americanas afirmaram que as novas medidas deverão afectar cerca de 800 mil pessoas.

"Em vigor imediatamente, os jovens que foram trazidos aos Estados Unidos por nenhuma culpa deles, como crianças, e que cumpram diversos critérios-chave não serão mais retirados do país nem submetidos aos procedimentos para a retirada", afirmou Napolitano a jornalistas numa áudio-conferência.

"Essa concessão vai nos ajudar a simplificar a aplicação das leis de imigração e garantir que os recursos não sejam gastos na tentativa de remoção de casos de baixa prioridade envolvendo jovens produtivos."

Para ser elegível às novas regras, a pessoa precisa ter-se mudado para os EUA com menos de 16 anos e morar no país por ao menos cinco anos. Ela precisa estar na escola ou ter se formado no ensino médio ou ter sido honrosamente dispensada das forças militares dos EUA. Ela também precisa não ter nenhuma condenação por crimes ou delitos significativos.

Fonte: Rádio Mocambique - 15.06.2012

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