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terça-feira, maio 29, 2012

Oposição proibida de içar bandeiras

Além da retirada forçada das suas bandeiras, vários militantes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) foram espancados por membros seniores do partido Frelimo sem qualquer justificação.
Os partidos políticos da oposição estão preocupados com a proibição de hastear bandeiras de suas formações político-partidárias em Manica.

A proibição e vandalização das bandeiras dos partidos da oposição regista-se há, sensivelmente, um mês, em praticamente todos os distritos da província de Manica, alegadamente, por ordens do executivo local.

Além da retirada forçada das bandeiras, vários militantes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) foram espancados por membros seniores do partido Frelimo sem qualquer justificação.

Em Catandica, o delegado distrital do MDM, Neto Mussona, foi espancado por Fernando Saugene, membro sénior do partido Frelimo no distrito de Báruè e sem qualquer cargo a nível do governo distrital. Consta que tudo aconteceu quando o referido membro da Frelimo se dirigiu à casa do representante do MDM para exigir a retirada da bandeira do partido da oposição.

Neto Mussona conta que antes de se aproximar a Saugene, este já estava, por iniciativa própria, a retirar a bandeira do MDM do mastro, sendo que a sua aproximação do local terá precipitado a agressão física de que foi vítima protagonizada pelo “camarada”.

Ainda em Catandica, Maria Chiquite, também membro do MDM, viu seu filho de 14 anos de idade ser agredido por membros da Frelimo, com cumplicidade das estruturas do bairro que exigem que ela e o seu filho se retirem do talhão onde moram.

Reportados os dois casos às autoridades policiais naquele distrito, as próprias vítimas foram incumbidas de levar as notificações aos agressores.

Mussona conta, por exemplo, que, “quando lhe dei a notificação, ele rasgou-a e disse-me que perdi meu tempo por ter ido participar o caso à polícia. Voltei à polícia que, novamente, me deu outra notificação a qual tive que entregar ao visado por intermédio do líder comunitário”.

Por conseguinte, sábado, Fernando Saugene já se encontrava detido na Cadeia Distrital de Báruè.

Os dois casos já foram encaminhados à procuradoria distrital. Henriques Ibraimo, procurador distrital de Báruè, disse ao “O País” que já estão em curso investigações sobre todas as queixas apresentadas e dever-se-á tomar medidas de acordo com a lei.

Fonte: O País online - 29.05.2012

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