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sexta-feira, maio 18, 2012

Acusado de traidor e burlador Sadreque Mário dispara

“Chale Ossufo usava-me para acções de espionagem”
- Ele dizia que a minha vida estava em risco e por isso cobrava-me dinheiro a troco de informações pelas quais não apresentou provas – reage edil em exclusivo ao O nacalense
Quatro meses depois de ter saído das celas para onde tinha sido conduzido, por a alegada prática de várias irregularidades que se traduziam por calúnias, incluindo extorsões a diferentes personalidades ligadas ao governo da cidade e do distrito de Nacala-Porto, Sadreque João Mário acusa Chale Ossufo, de o ter “contratado “ para fins de espionagem.
Sadreque diz ter recebido das mãos do Presidente do Município de Nacala-Porto um telemóvel da marca MTN para, alegadamente, facilitar a comunicação entre os dois.

De acordo com o denunciante, para se despistar da opinião pública, Chale Ossufo usava o pseudónimo de “Mano Oliveira” nas várias chamadas telefónicas que efectuava para dialogar com o seu interlocutor.
“Ele contactou-me pessoalmente para colher opiniões acerca da sua vida privada, incluindo o seu desempenho na governação municipal. Dizia que estava a ser alvo de perseguição por parte de outros dirigentes e por isso pretendia obter informações credíveis” disse Sadreque, acrescentando que “neste processo, ele prometeu-me dinheiro mas disse que não o podia tratar de senhor Presidente, mas de mano Oliveira”.
Sadreque diz ter rompido, entretanto, a sua relação com Chale Ossufo, em 14 de Setembro de 2011, portanto, dois dias antes do aniversário da cidade quando, em plena sala de visitas, da residência oficial do Presidente do município, foi surpreendido por agentes da lei e ordem, acompanhados do administrador do distrito quando pretendia se preparava para receber um cheque de cinco mil meticais, a troco de informações sobre uma alegada tentativa de morte do edil de Nacala.
Para mais averiguações, o visado foi algemado imediatamente e conduzido às celas onde permaneceu durante seis meses, tendo solto em princípios deste ano.
Entretanto, volvidos mais de quatro meses depois da soltura, o visado conta que no dia da sua detenção ter-se-ia supostamente deslocado à residência do edil a convite deste, para “mais um encontro de negócio secreto”, mas considera que foi traído por Chale Ossufo.
“A manobra teria sido supostamente orquestrada pelo próprio presidente que tratou de esconder a polícia numa outra sala,” rematou.
Instado a pronuncia-se obre o assunto, o Presidente do Município de Nacala-Porto classificou Sadreque de “um indivíduo desnorteado e sem juízo”, mas confirmou que tinha uma relação de amizade com o visado.
“Sadreque disse que a minha integridade física estava em causa e o meu assassinato estava a ser preparado num ambiente de total secretismo por um grupo de professores, incluindo alguns membros do governo”, explicou Chale Ossufo.
O Presidente do município confirmou igualmente ter desembolsado, a pedido do próprio Sádreque, elevadas somas em dinheiro para dele obter informações concisas sobre esta questão, mas que não chegaram a ser provadas em instâncias competentes.
Já no final da conversa, Chale Ossufo admitiu ter usado o nome da Mano Oliveira, mas por proposta do próprio Sadrique Mario.
O NACALENSE – 16.05.2012 in Mocambique para todos

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