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quinta-feira, abril 05, 2012

Detidos representantes da JDI e da Mocargo em Nacala

Algumas malas e kits onde as armas e munições se encontravam ostentam nomes como Sea Guard, Modance Security, Kenya Risck, entre outros. O número de armas apreendidas subiu para 68 e de munições para mais de 10 mil.

A Polícia de Investigação Criminal (PIC) deteve, ontem, os representantes da JDI – Consultores, Robert Michel Dobald, um cidadão de raça branca e de nacionalidade zimbabweana, e da Mocargo em Nacala-Porto, Rosário Zinghon, de nacionalidade moçambicano, e que se supõe ser de descendência malawiana. A detenção dos dois cidadãos – encontram-se nas celas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Nampula – surge na sequência da descoberta, pelo Comando Provincial, de um esquema de armazenamento ilegal de material bélico no Comando Distrital da Polícia em Nacala, um acto atribuído ao comandante distrital e o seu chefe do gabinete de operações, também detidos.
Os dois cidadãos, ora detidos, em representação da JDI e Mocargo, respondiam pela gestão e circulação daquele material bélico em Nacala-Porto, supostamente pertencente a uma empresa de segurança privada que se dedica ao combate à pirataria marítima. Essa empresa ter-lhes-ia contratado para prestação deste serviço. No entanto, as duas instituições (JDI – Consultores e a Mocargo) ainda não revelaram o nome da tal empresa, que supostamente lhes teria contratado.
As armas e o equipamento bélico apreendido, segundo revelou uma fonte entendida na matéria, são das mais modernas e potentes. A título de exemplo, as armas da marca “Rifles” são descritas como sendo do uso preferido por atiradores de elite, com alta precisão de tiro; são munidas de mira telescópica e com capacidade de atingir um alvo até sete mil metros. As outras, também apreendidas, são igualmente de alta potência e com capacidade para dar de 50 tiros por minuto.
Algumas malas e kits onde as armas e munições se encontravam ostentam nomes como Sea Guard, Modance Security, Kenya Risck, entre outros. Estes nomes, segundo apurámos, são de empresas que se dedicam à escolta de navios, cujo trajecto marítimo para os locais de destino passa pelo golfo de Aden, na Somália, onde a actividade de pirataria marítima é intensa.

Fonte: O País - 05.03.2012

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