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quarta-feira, março 14, 2012

Governo diz que registou críticas da ex-PM sobre problema de redistribuição de riqueza

Maputo, 14 mar (Lusa) - O Governo moçambicano diz que registou e vai refletir sobre as críticas da ex-primeira-ministra moçambicana Luísa Diogo, que considerou haver um "problema muito sério de redistribuição da riqueza" em Moçambique, apesar do registo de crescimento macroeconómico.


Esta semana, Luísa Diogo, membro da Comissão Política do partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), afirmou que o país está a enfrentar "um problema muito sério de redistribuição" da riqueza e defendeu um desenvolvimento inclusivo.

Reagindo hoje à Lusa, o ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, minimizou as críticas da ex-primeira-ministra, mas assegurou que o Governo registou as suas observações.

"Registámos", aliás, "temos registado todas as declarações que alguém faz. Temos que registar para as tomar em consideração", disse à Lusa Aiuba Cuereneia, à margem da sessão de perguntas e resposta do Governo no Parlamento.

"Não tenciono reagir a isso, mas tenciono informar aquilo que acontece. O que acontece são os números que eu dei, portanto, o desenvolvimento do país e melhoria das condições da vida das pessoas", acrescentou.

O governante deu como exemplo "as distâncias para chegar a uma escola (que) reduziram bastante. A quantidade das próprias escolas aumentou, a distância que é percorrida para chegar ao posto de saúde hoje reduziu, portanto, as condições melhoraram bastante".

Falando em Maputo no Fórum de Crescimento Económico de Moçambique, Luísa Diogo, que foi primeira-ministra entre 2005 e 2010, disse ser necessário que todos os moçambicanos se sintam beneficiados com o crescimento económico do país, como forma de evitar riscos de instabilidade social.

"O grande desafio sério que Moçambique tem para os próximos anos já não é apenas a maior produção na área de recursos minerais, é, sim, um crescimento económico abrangente e inclusivo", afirmou a ex-governante, hoje banqueira e deputada à Assembleia da República pela bancada da Frelimo.

Com certeza "que vamos refletir em torno dela", até porque "todas as contribuições que são recebidas nós registamos, fazemos uma reflexão e apresentamos aquilo que são os números reais", garantiu, no entanto, o ministro da Planificação e Desenvolvimento moçambicano.

MMT.

Fonte: Lusa - 14.2012

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