O enviado da União Africana (UA) para o Senegal, o antigo chefe de Estado da Nigéria, Olusegun Obasanjo, conferenciou Quarta-feira, em Dakar, com líderes da oposição nos esforços tendentes a se ultrapassar o clima de tensão resultante dos protestos contra a candidatura do Presidente Abdoulaye Wade para um terceiro mandato aos destinos daquele país da África Ocidental.
Obasanjo, que chefia a missão de observadores da UA, reuniu-se com vários candidatos ao mais elevado cargo da nação senegalesa.
À sua chegada ao país, ele anunciou que envidaria esforços com vista a mediar a tensão que até aqui causou a morte de seis pessoas.
O centro de Dakar registava, nas últimas horas de Quarta-feira passada uma forte presença da polícia de intervenção quando a oposição considerava um outro protesto para desafiar um banimento de comícios populares, uma das principais causas de confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.
O Ministro do Interior senegalês, Ousman Ngom, defendeu que a ordem de banir comícios visa proteger o que chamou de áreas sensíveis e bens do Estado, incluindo edifícios diplomáticos, bancos e hospitais.
A oposição exige a retirada de Wade da corrida eleitoral, por violar a lei, que limita dois mandatos na liderança do país.
A França, ex – potência colonizadora do Senegal, ja condenou a violência contra os manifestantes.
Wade vai concorrer para a sua reeleição numa lista de 13 candidatos oposicionistas, incluindo três antigos Primeiros-ministros e um antigo líder do Partido Socialista.
Analistas dizem que a votação, marcada para próximo Domingo, poderá conduzir o país para mais confrontos.
Fonte: AIM - 23.02.2012
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