A directora da EMUSA diz que o caso é do conhecimento do anterior edil, mas que nunca quis dar ouvidos Quelimane (DZ)- Os desmandos no Conselho Municipal de Quelimane (CMQ), não são para menos. Se por um lado, há pessoas que não trabalhavam, mas recebiam salários, por outro lado é que até o governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, fez valer o poder que tem e levou para o seu palácio cinco funcionários do Conselho Municipal de Quelimane, que neste momento prestam serviços naquela casa.
O mais caricato nisso tudo é que estes cinco funcionários a trabalharem para o Itai, os seus salários são pagos pela edilidade, ou por outra, os munícipes de Quelimane é que suportam as despesas de salários de pessoas que trabalham na casa do governador.
O facto veio ao de cima porque uma equipa está a fazer “limpeza” em todos sectores do Conselho Municipal, dai que foram encontradas estas falcatruas. E mais, estes cinco funcionários,recebem salários mínimos. Basta fazer as contas, de dois anos ate agora, ganhando salário mínimo, então, pode se chegar a conclusão de quantos milhões de meticais, o Conselho Municipal de Quelimane gasta para pessoas que não fazem nada para os munícipes.
A directora da EMUSA confirma Laura Malauene, directora da Empresa Municipal de Saneamento (EMUSA), confirmou o facto na última sexta-feira, perante a imprensa.
Conforme explicou Malauene, estes cinco funcionários, são daquelas senhoras varredoras, que no âmbito das suas actividades, então elas faziam limpeza na zona onde se situa o palácio do governador. Só que nem mais nem menos, as senhoras passaram a fazer limpeza no interior do pátio do chefe do executivo da província.
A fonte diz ter contactado o chefe do gabinete do governador alertando lhe sobre esta situação.
Em resposta, de acordo com a directora da EMUSA, o referido chefe do gabinete teria explicado que aquelas senhoras estavam ali temporariamente, isto porque o governador havia recebido visita de seus familiares, então precisava-se uma limpeza constante. Só que de lá até aqui, as senhoras nunca mais saíram da casa do Itai.
Escrevi informando o anterior edil Nesta sua locução, Laura Malauene foi mais longe ao afirmar que logo que tomou conhecimento sobre este facto, tratou de comunicar ao seu superior hierárquico, na altura Pio Matos, como forma de agir e resolver esta questão. Mas de acordo com a fonte, até ele sair do município, nunca teve resposta da carta que fez. “Eu fiz a minha parte, restava que os meus chefes seguissem, não fizeram, então ficamos assim”-rematou a nossa interlocutora.
“Não vamos permitir estas atitudes”
-avisa o edil de Quelimane O Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, parece estar a levantar mistérios que estavam escondidos no município de Quelimane. Estes casos todos que vêm sendo veiculados Pio Matos sabia, mas como em muitas ocasiões a edilidade era gerida com “camaradas” então, não havia como esquivar-se destas irregularidades.
Dai que o edil Manuel de Araújo diz que não vai permitir este tipo de situações. Falando na última sexta-feira, a fonte disse que o Conselho Municipal de Quelimane vai exigir que o governador devolva os valores referentes aos salários pagos durante estes dois anos. De acordo ainda com a fonte, mecanismos institucionais e ate legais serão encetados para o dinheiro pago, ainda mais proveniente dos bolsos dos munícipes volte. E mais, a fonte diz que não entende como é que funcionários da edilidade trabalham no palácio do governador a serem pagos com dinheiro da autarquia, quando o próprio governo tem fundos para pagar os trabalhadores do palácio.
Recorde-se que também falase de que no Conselho Municipal há muitos camaradas que recebiam salários sem que fossem funcionários da edilidade, dai que há uma limpeza jamais vista. (DZ)
Fonte: Diário da Zambézia - 31.01.2012
parabens e bem feito de Araujo. Esses camaradas precisam de lições, e de alguém que lhes enfrente sem medo e dizer-les a verdade. Basta e basta, já chega. até porque esses trabalhadores fantasmas que recebiam sem serem funcionarios do municipio, também devem ser obrigados a devolverem o dinheiro do municipio e se resistirem devem sentar na cadeira de reus.
ResponderEliminarBem aja meu irmão de Araujo. força mostra que fora dos camaradas existem pessoas capazes e comptentes que eles.........
Quelimane está a mostrar o que se passa em quase todo o país. Não me admiraria que um dia soubessemos e machambeiros ou guardas das quintas de governantes (ministros, governadores, administradores, etc) são pagos pelo Estado.
ResponderEliminarOs melhores patriotas são os que se indignam por estas revelacões.
Nguiliche
ResponderEliminarSe acontece isto no Municipio, o que acontece no resto das instituicoes e empresas do Estado! Nao ha bolso que "saceia" com dinheiro, o que nós precisamos sao pessoas com o minimo honestidade, pessoas civilizadas, que sabem olhar para o próximo.
Sempre soubemos que os frelimistas sao ladroes. nao sei porque tanta surpresa. Eles NAO foram ao mato para libertar o povo mocambicano. talvez a libertacao deles, pois continuam a fazer o que os colonos faziam. por o povo a sofrer. Ate poderia se aceitar o que os colonos faziam, porque a terra nao era deles. agora estes camaradas o que fazem nao se entende. Sempre se disse que a escravidao dos africanos so aconteceu porque os outros africanos assim permitiram (trairam). Como se ve agora a escravidao (pobreza do mocambicano) deve-se aos ladroes da Frelimo....
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