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As recentes medidas anunciadas pelo governo moçambicano para tentar conter o aumento do custo de vida com subsidios para as classes menos favorecidas estão a causar alguma controvérsia e mesmo dúvidas.
Depois da revisão do escalão da categoria salarial dos trabalhadores elegíveis para beneficiar da cesta básica, dos anteriores 2000 mil meticais para 2500, e das tentativas de esclarecimentos que têm vindo a ser dados pelo governo, muitos são aqueles que que consideram que o executivo ainda não está preparado para apresentar medidas eficazes e objectivamente claras.
Uma das vozes mais críticas é do economista moçambicano, Carlos Nuno Castel Branco, que considera que “as medidas ora anunciadas continuam confusas, porque, em função dos debates da opinião pública, surgem novas versões do governo".
"Em todo caso, acho que as medidas não são aplicáveis e tem pouca probabilidade de eficácia” acrecentou.
Num discurso bastante denso, aquele conceituado economista e Director do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) considera que o governo tem a convicção da inviabilidade das medidas ora anunciadas e avança com o que considera as hipóteses por detrás destas medidas, mesmo ciente da sua inviabilidade.
“O nível de desespero sobre a situação é tão grande que para o governo qualquer medida serve," disse.
Por outro lado, o governo pode estar a tentar responder às pressões da instituições financeiras internacionais, que estão a tentar eliminar os subsídios gerais para certos bens e serviços.
O governo estaria assim a tentar definir alvos para esses subsídios, nomeadamente, grupos de rendimento e grupos flexíveis, em função do que acontece ao nível dos preços internacionais, "mas isso não tem sentido num contexto como de Moçambique, onde a pobreza é elevada”.
Nuno Castel Branco considera que o governo deveria dirreccionar todo o seu esforço para dinamizar os sectores produtivos, pois só com o crescimento da produção e produtividade a todos os sectores, o país poderá ter disponibilidade de alimentos para acabar com a fome e a pobreza no país.
Fonte: Voz da América - 03.05.2011
Bem, olhando pra questão na óptica de espectador, sem interferência ou influencia, poderia tentar uma leitura,
ResponderEliminarTeoricamente Castel Branco aponta factores críticos do sucesso e em função da "reconhecida" capacidade do Governo, avança pra nao "aplicabilidade" do "sistema da Cesta Básica" ate em função a realidade Moçambicana onde a pobreza 'e quase que generalizada,
já do lado do Governo, grande e primeiro desafio ao "meu Mano Mandinho", e se ele consegue implementar nos "conformes" o "sistema da Cesta Básica", vira logo "Herói Nacional", e se falha, nao sei se sera ele a arcar com "peso da responsabilidade" ou o Governo poderá repartir o "peso da responsabilidade",
Ja do lado dos beneficiários, vamos ver se sequer conseguem entender o "sistema", principalmente quando a diferença entre o "desconto-subsideo" e o preco de mercado for muito pequeno, por exemplo 2% ou 3%, ou ainda Zero ( ate agora sempre pensei que a Cesta era uma Oferta, ate ler os procedimentos ).
Ja dos comerciantes também nao sei se estarão satisfeitos com os "procedimentos" relativos ao cadastro seu e dos beneficiários, e ainda se na mesma de hipótese de desconto subsidio pequeno ( 2%, 3% ou zero), estarão na disponibilidade de muitos procedimentos variáveis em função a variação dos preços e descontos, para posterior colecta do subsidio,
Portanto, parece-me bastante complicado,
E faço votos para que tudo corra bem, para todos, e que todos saiam Bem nessa situação da "Cesta Básica",
Karim,
ResponderEliminarTenho receio que cesta básica não surta em nada e no fim, Armando Inroga venha a ser um pode expiatório. Por acaso Inroga acredita nesta medida em que não tem receptor?
Reflectindo,
ResponderEliminarQue a Cesta Básica nao tem beneficiário, nao esta totalmente correcto, pois o Governo diz que serão 1.8 milhões de pessoas beneficiarias, o que provavelmente poderá estar em causa 'e que 1.8 milhões de pessoas representam menos de 10% da população e que subsidio vai estancar apenas uma parcela pequena de custo de vida de menos de 10% da população,
Por essa razão também o Castel Branco questiona a eficácia, uma vez que a pobreza em Moçambique 'e quase que generalizada, e aqui a solução beneficia apenas menos 10% da população e isso também numa parcela pequena de seus custos,
Para alem obvio, da própria complexidade do sistema "Cesta Básica" e ainda duvidas relativas 'a própria implementação correcta do mesmo sistema "Cesta Básica",
Acredito que o Inroga entra pro Governo numa fase difícil do campeonato, onde o próprio governo já estava sem grandes soluções, e numa situação um tanto quanto "desconfortável",
Se entrarmos numa de "bode expiatório" teremos que entrar em pressupostos "conspiratorios", o que nao acredito muito, ate porque a "Cesta Básica" so pode ser implementada pela Industria e Comercio, nao estou a ver outro ministério a implementar isso, tem mesmo ser Industria e Comercio,
Vamos ver como o Inroga se sai neste processo, eu faço votos para que ele se saia Bem, 'e um Ministro Jovem, esforçou-se pra chegar ai, e espero mesmo que se deia Bem, Bem pra ele, Bem para economia, Bem pra industria e comercio, e Bem pra todos Nos.
Karim,
ResponderEliminarDepois tentarei dar o meu ponto de vista em resposta do que colocas.
Até logo!