O académico Lourenço de Rosário diz ainda que há clientelismo político na concessão de fundos e põe em causa a competência dos conselhos consultivos distritais que aprovam e monitoram os projectos.
Acrescenta que há um vulnerável flagrante das autoridades distritais perante tentações de clientelismo político local. “E, é preciso não assobiar para o lado. Muito deste dinheiro serve para pagar favores políticos. Não era esta a intenção do discurso programático (de Armando Guebuza), mas não houve capacidade de monitorar e acabou-se por aí”, constata.
Lourenço de Rosário questiona os moldes de criação dos conselhos consultivos distritais, responsáveis pela aprovação e monitoria dos projectos no âmbito dos “sete milhões”, tendo dito que os critérios são de todo desconhecidos, sendo, por isso, questionável a competência deste órgão.
Disse, por outro lado, que há o um clientelismo político que não se trata exactamente de corrupção de desvio de dinheiro para fins pessoais, mas tem a ver com desembolsos por afinidades, e não com objectivo de combate à pobreza.
Fonte: O País online - 24.03.2011
Não disse nada de novo e nem sequer fala disso quando está com o seu sócio Chissano. Por isso, visto, passa,
ResponderEliminarZicomo
Bom, Lourenco de Rosário pode não dizer nada quando está com eles, mas penso que vale apena por ele dizer isto em público.
ResponderEliminarA forca de Lourenco de Rosário está na visão da sociedade e partidos políticos. Por exemplo, o questionamento dos moldes de criação dos conselhos consultivos distritais é o que o partidos e a sociedade civil com raizes deviam ter feito, mas duma forma concreta e detalhada por distrito. Eu gostaria de saber, por exemplo, se há nesses conselhos consultivos quem não seja membro ou simpatizante da Frelimo.