Ministro da Educação critica actual modelo de ensino em Moçambique

Oração de sapiência alusiva à abertura do ano académico

O ministro da Educação, Zeferino Martins, defende que os estudantes formados nas instituições de ensino do país, incluindo do nível superior, devem ser polivalentes e, acima de tudo, flexíveis por forma a responderem às exigências daquilo que são as tendências actuais do mercado laboral. Ou seja, devem ser profissionais à altura de serem enquadrados em departamentos de trabalho completamente diferentes.

Zeferino Martins falava última segunda-feira, numa aula de sapiência alusiva à abertura do ano académico do Instituto Superior de Ciência e Tecnologias, ISTEG, subordinada ao tema “desafios das instituições de ensino superior perante as rápidas mudanças do mercado laboral”.

Com o seu tema, o titular da pasta de Educação pretendia advertir a camada juvenil, que quer entrar no mundo laboral, sobre as possíveis mudanças estruturais que ocorrem no mercado. Primeiro, fez uma comparação daquilo que são os paradigmas educacionais, partindo do antigo sistema de ensino para o actual.

Olhando para o ensino secundário como exemplo ilustrativo, Martins disse que, antigamente, este subsistema de ensino preocupava-se pela preparação dos estudantes para a aquisição de diploma que lhes possibilitava o ingresso para o ensino superior. Actualmente, o mesmo subsistema preocupa-se em formar personalidades que, de imediato, podem entrar no mercado de trabalho.

Mas devido às actuais tendências e exigências impostas pela dinânica do mercado laboral, Zeferino Martins apela aos jovens recém-formados a não apostarem totalmente numa única especialização, mas sim na polivalência. É que, segundo Martins, “actualmente, as empresas precisam de profissionais flexíveis e multivalentes, que hoje podem estar afectos a um departamento de Recursos Humanos, mas que amanhã podem formar um departamento de Marketing na mesma empresa”, adverte.

Fonte: O País online - 23.02.2011