Líbia: Países europeus querem sanções severas

Berlim - Os líderes de Reino Unido, Alemanha, Itália e Turquia concordaram que as acções do regime líbio são "totalmente inaceitáveis", informou hoje um porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Os líderes alertaram a Líbia que a "brutalidade e intimidação" não serão toleradas, enquanto o ditador Muamar Kadhafi aumenta os ataques aos manifestantes anti-regime.

Em telefonemas separados com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com os primeiros-ministros italiano, Silvio Berlusconi, e turco, Recep Tayyip Erdogan, "houve acordo claro de que as acções do regime líbio são totalmente inaceitáveis e que a brutalidade e a intimidação não seriam toleradas", afirmou o porta-voz de Cameron.

"O primeiro-ministro britânico foi claro em destacar que o regime líbio terá de enfrentar consequências para as suas acções", acrescentou o comunicado.

"Ele concordou com os seus homólogos sobre a necessidade de acções urgentes por parte da União Europeia e a ONU, incluindo sanções severas tendo o regime como alvo directo."
Cameron coordenou com os líderes europeus esforços para ajudar estrangeiros a saírem da Líbia.
Ele enfatizou que "não pode haver impunidade ao desrespeito aos direitos básicos que tem ocorrido na Líbia".
Antes, Berlim havia informado que os líderes da Alemanha e Inglaterra tinham concordado neste sábado sobre a necessidade de impor sanções internacionais "severas" ao regime líbio o mais rápido possível.

O Conselho de Segurança da ONU deverá reunir-se novamente neste sábado para considerar uma resolução deverá impor sanções contra Muamar Kadhafi, numa tentativa de acabar com os ataques à manifestantes anti-regime.

Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos redigiram um projecto de resolução segundo o qual os ataques contra civis podem representar crimes contra a humanidade. O projecto também pede o embargo ao envio de armas ao país, a proibição de viagens à Kadhafi e o congelamento dos seus bens.

Fonte: Angolapress - 26.02.2011