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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Demissões em catadupa na Líbia

Os embaixadores líbios na Índia, na Indonésia, no Bangladesh e um alto responsável diplomático na China demitiram-se dos seus postos, de acordo com a Al-Jazeera e a BBC.
Hussein Sadiq al Musrati, o alto responsável diplomático, terá apelado ao exército para intervir contra o banho de sangue. E, em directo para a Al-Jazeera pediu a todo o pessoal diplomático para se demitir.

Também o embaixador-adjunto da Líbia nas Naçôes Unidas disse à BBC World que Muammar Kadhafi não deverá estar no poder muito mais tempo, sendo apenas uma questão de dias até o líder se demitir ou "o povo se livrar dele".

Ibrahim Omar Al Dabashi disse que Kadhafi deverá ser levado a julgamento. "O melhor cenário é ser julgado, acusado e explicar ele mesmo tudo sobre os crimes que cometeu, quer se trate do genocídio da prisão de Abu Saleem, o genocídio que está a cometer agora ou o desaparecimento de importantes personalidades... bem como todos os outros crimes que cometeu durante os seus 42 anos no poder", afirmou.

Ainda segundo a BBC, nove membros da embaixada líbia no Reino Unido saíram do edifício e juntaram-se aos protestos. A Al-Jazeera chegou a noticiar a demissão do embaixador, o que não se veio a confirmar.

Entretanto, em Bruxelas e à margem de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros, o responsável britânico pela pasta afirmou "ter informações que Kadhafi pode estar a abandonar o país neste momento".

William Hague avançou com a indicação de que o líder líbio poderia ter partido para a Venezuela. O Governo venezuelano, entretanto, desmentiu a notícia, tal como o MNE líbio, Khalid Kayem.
Fonte: SOL - 21.02.2011

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